O ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane criticou o Presidente da República de Moçambique, Daniel Chapo, acusando-o de desviar a atenção dos problemas reais do país.
Mondlane comentava o exposição proferido por Chapo na Cimeira dos Movimentos de Libertação, que decorreu em Joanesburgo, onde o dirigente de Estado apelou à união dos “partidos libertadores” da África meridional contra a crescente prenúncio da extrema-direita.
Durante uma transmissão ao vivo na sua conta solene do Facebook, Mondlane afirmou que o exposição de Chapo é uma forma de “fugir da responsabilidade” e que se baseia em uma narrativa de conspiração internacional. O Presidente Chapo tinha alertado para a possibilidade de governos fantoches emergirem em África, impulsionados por grupos extremistas que fazem uso das redes sociais e de outras plataformas para espalhar desinformação.
“Um exposição que foge da responsabilidade, dos problemas reais que os nossos países têm”, disse Mondlane, sublinhando que as questões porquê a gestão da coisa pública, o aumento da criminalidade e as necessidades das populações devem estar no núcleo da agenda política. O ex-candidato destacou que os problemas actuais, porquê os raptos e os sequestros, não podem ser atribuídos a uma alegada influência imperialista.
“Os crimes que estão a intercorrer agora, isso é problema do imperialismo? O roubo de votos que é feito nos últimos 30 anos é feito pelo imperialismo?”, questionou Mondlane, considerando o exposição do Presidente uma abordagem “absurda” e “medíocre” que não reflete a verdade vivida pela população moçambicana.
O presidente da Frelimo, por sua vez, reafirmou a valor de uma resposta conjunta dos partidos libertadores face ao que considera uma prenúncio à soberania das nações africanas, defendendo que a unidade é crucial para enfrentar a desinformação e os discursos de ódio proliferados por esses grupos extremistas.

