
Sector Mineiro Poderá Gerar 30 Mil Milhões de Dólares Até 2040 • Diário Económico
a d v e r t i s e m e n tO sector mineiro do Maláui está a viver um momento de grande potencial, com estimativas que indicam que o país poderá gerar até 30 mil milhões de dólares em exportações de minerais entre 2026-40. Segundo o Banco Mundial, espera-se que as receitas anuais atinjam 3 mil milhões de dólares até 2034, com o sector a contribuir para 12% do Produto Interno Bruto do país até 2027.
Este crescimento acelerado alinha-se com a Estratégia para a Agricultura, Turismo e Minas (ATM), implementada pelo Presidente Lazarus Chakwera. O objectivo é atrair investimentos estrangeiros e estimular a expansão económica do Maláui, criando um ambiente favorável ao desenvolvimento da indústria mineira.
O interesse global pelos recursos minerais do Maláui está em ascensão, e a próxima Semana Africana de Mineração, na Cidade do Cabo, África do Sul, será uma plataforma estratégica para promover o país. O evento deverá acelerar os fluxos de financiamento, fortalecer parcerias e impulsionar as operações mineiras em grande escala.
Este ano, o Maláui poderá registar progressos significativos na sua indústria mineira, com empresas globais a expandirem as suas actividades de exploração e produção. Dentre os principais empreendimentos, destaca-se o Projecto de Urânio de Kayelekera, da australiana Lotus Resources, que obteve 38,5 milhões de dólares do First Capital Bank e do Standard Bank da África do Sul para financiar a sua preparação operacional e a aquisição de equipamentos.
Outra iniciativa de relevância é o Projecto Rutílico-Grafite Kasiya, apoiado pela Rio Tinto e desenvolvido pela Sovereign Metals. A empresa está a acelerar a exploração do maior recurso de rutilo conhecido do mundo e da segunda maior reserva de grafite em flocos. Com um estudo de viabilidade que prevê receitas de 16,4 mil milhões de dólares, o Kasiya está a tornar-se um dos elementos-chave para o contínuo crescimento do sector mineral do Maláui.
Por fim, o país também está a apostar em recursos de terras raras com o Projecto de Terras Raras de Kangankunde, da empresa australiana Lindian Resources, e no Projecto Wozi Niobium, uma joint venture entre a Kula Gold e a African Rare Metals. Ambas as iniciativas têm grande potencial de crescimento, com a última a realizar um programa de perfuração de 100 mil dólares previsto para o segundo trimestre de 2025.
Fonte: Nyasa Times