
Parceiros Reforçam Apoio ao Corredor do Lobito Com Foco no Sector Privado • Diário Económico
A Corporação Financeira Internacional (IFC) e a Corporação Financeira de Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos (DFC) reafirmaram o seu apoio ao financiamento de operações do sector privado no Corredor do Lobito, em Angola.
O anúncio foi feito segunda-feira (21), na capital dos Estados Unidos da América (EUA), Washington, durante a mesa-redonda integrada nas Reuniões de Primavera do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI).
O director-executivo da IFC, Samaila Zubairu, confirmou o desembolso de 400 milhões de dólares pela instituição, parte de um pacote que, segundo o Governo angolano, “deverá atingir 4 mil milhões de dólares”. O montante destina-se à construção de infra-estruturas e melhoria da mobilidade entre Angola e a Zâmbia.a d v e r t i s e m e n t
Por sua vez, a ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, garantiu o compromisso do Governo com a diversificação das fontes de financiamento, sem comprometer a estabilidade fiscal, destacando que “o Executivo está focado na eficiência dos resultados e na mobilização de recursos para projectos estruturantes.”
Durante o encontro com investidores, a governante assegurou que Angola mantém reformas estruturais e o combate à corrupção para atrair e consolidar parcerias internacionais.
Já o ministro dos Transportes, Ricardo Viegas de Abreu, defendeu que o Corredor do Lobito tem potencial para impulsionar o desenvolvimento económico de Angola e da região, referindo também que “os investimentos visam fortalecer o sector privado.”
Até 2027, o Governo angolano pretende ampliar a circulação de um para seis comboios diários de carga e atingir 400 mil toneladas ainda este ano. Segundo o ministro, a ligação ferroviária Angola-Zâmbia, com cerca de 800 quilómetros, poderá arrancar em 2026.
A IFC está a mobilizar recursos para viabilizar o projecto até ao final de 2025.
O Council Africa, entidade que reúne investidores norte-americanos com interesse em África, também participou na mesa-redonda.
A IFC, com presença em mais de 100 países, aplicou 56 mil milhões de dóalres em 2024 em empresas e instituições financeiras de países em desenvolvimento. O objectivo é impulsionar mercados sustentáveis e reduzir a pobreza.
Fonte: Jornal Mercado