
Angola e Zâmbia Assinam Acordos no Sector Dos Transportes Para Fortalecer a Conectividade Regional • Diário Económico
a d v e r t i s e m e n tAngola e a Zâmbia deram um passo importante para reforçar a conectividade regional e a integração comercial, com a assinatura de dois acordos no sector dos transportes. No centro desta iniciativa está um acordo intergovernamental para a construção do Corredor do Lobito, um projecto que abrange 830 quilómetros entre os dois países.
Segundo uma publicação do Further Africa, o Corredor do Lobito promete transformar a logística regional na África Austral. A infra-estrutura vai ligar o Porto do Lobito, na costa atlântica de Angola, à região de Copperbelt, rica em minerais, na Zâmbia. Esta rota proporcionará um transporte mais directo e eficiente para mercadorias com destino aos mercados internacionais.
Com o Corredor do Lobito, espera-se uma redução dos custos de transporte, menor tempo de trânsito e aumento do comércio entre Angola e Zâmbia. A Zâmbia, por não ter acesso ao mar, será beneficiada com novas rotas de exportação, diminuindo a dependência dos portos da África do Sul e da Tanzânia.
Para Angola, o projecto faz parte de uma estratégia de revitalização do caminho-de-ferro de Benguela. Ao mesmo tempo, posiciona o Porto do Lobito como um centro logístico de referência para a África Central e Austral, com potencial para atrair mais comércio e investimento.
Estes acordos representam um avanço significativo na integração regional, no âmbito da Zona de Comércio Livre Continental Africana e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral. Angola e Zâmbia pretendem, com isso, impulsionar o comércio intra-africano, promover a industrialização e incentivar o investimento transfronteiriço.
O Corredor do Lobito será essencial para a exportação de cobre, cobalto e outros minerais cruciais na transição energética global. Com melhores infra-estruturas, Angola e Zâmbia tornar-se-ão mais competitivos no fornecimento desses recursos aos mercados internacionais.
Para além do comércio, o projecto deverá criar empregos, apoiar comunidades locais e promover o desenvolvimento económico ao longo do seu percurso. Com o apoio de instituições financeiras de desenvolvimento e do sector privado, o corredor poderá tornar-se um modelo para outras iniciativas de infra-estruturas em África.