Desde a assinatura do pacto climatológico de Paris, em 2015, que visa limitar o aquecimento global a 1,5°C em relação à era pré-industrial (1850-1900), quase oito biliões de dólares em empréstimos, emissões de ações e obrigações foram para empresas de petróleo, gás e carvão, segundo a última edição do relatório ‘Banking on Climate Chaos’, elaborado por um consórcio de organizações não-governamentais (ONG).
Em pormenor, os 65 bancos inquiridos gastaram 869 milénio milhões de dólares no ano pretérito com estas várias formas de base financeiro, um montante que aumentou 23% num ano. Murado de metade deste montante foi consagrado à expansão dos combustíveis fósseis, de pacto com o relatório.
Leste montante está próximo do valor de 2021, posteriormente dois anos consecutivos de declínio. Mais de dois terços dos bancos aumentaram o seu financiamento, salientam os autores do estudo.
O americano ‘JPMorgan’ é o principal apoiante financeiro dos combustíveis fósseis, com 53,5 milénio milhões de dólares no ano pretérito (+39%), primeiro dos seus compatriotas ‘Bank of América’ e ‘Citigroup’, segundo dados compilados por oito ONG, incluindo a ‘Rainforest Action Network’, a ‘Reclaim Finance’ e a ‘Urgewald’.
O ano pretérito foi o ano em que Donald Trump regressou à Vivenda Branca, prometendo “perfurar uma vez que um louco”, uma frase que se tornou um dos seus slogans de campanha (“We will drill, baby, drill”).
Os dados do estudo, publicados diretamente pelas empresas ou provenientes de fornecedores de dados e da escritório financeira Bloomberg, revelam também uma retirada progressiva dos grandes bancos franceses a partir de 2020.
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