Mais Três Membros do Podemos Assassinados em Menos de Uma Semana • Diário Económico

a d v e r t i s e m e n ta d v e r t i s e m e n t
Em menos de uma semana, foram assassinados mais três membros do partido Povo Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos), formação política que sustentou a candidatura presidencial de Venâncio Mondlane durante as eleições gerais de 9 Outubro que aconteceram no País.

De acordo com uma informação avançada pelo Observador, na sexta-feira, 3 de Janeiro, Abdul Bacar, chefe de Mobilização do Podemos em Montepuez, na província de Cabo Delgado, foi morto em frente à sua residência quando eram 19h00. Trata-se do quinto membro sénior daquele partido a ser baleado desde as eleições.

“Abdul morreu no local, mas a mulher, que também foi atingida e levada para o hospital, sobreviveu. Esta morte veio preocupar ainda mais o delegado provincial do Podemos, Singano Assane que, em declarações à TV Miramar, disse que os últimos dias têm sido marcados por terror entre os apoiantes do partido”, avançou.

Conforme as informações divulgadas, no domingo, 5 de Janeiro, mais um membro do Podemos foi morto a tiro no Luabo, na província da Zambézia, na região Centro do País. O indivíduo, que em vida respondia pelo nome de Paulo Jaime Paulo, tinha 23 anos e era um membro activo e filho do delegado distrital do partido.

Em reacção a este caso, o Observador sublinhou que conversou com Duclésio Chico, porta-voz do partido, que revelou que o jovem assassinado era acusado de ter albergado os Naparama (guerreiros tradicionais, que tiveram um papel importante na guerra civil moçambicana, do lado da Renamo, que mediante uma prática de feitiçaria acreditam que as balas não os matam), um grupo que tem estado envolvido em confrontos com as forças policiais de Moçambique no Norte do País.

Por sua vez, na noite desta segunda-feira, 6 de Janeiro, um novo assassinato veio aumentar o número de mortes alegadamente causadas por razões políticas. Desta vez a vítima foi Rachide Eduardo, delegado do Podemos na aldeia de Intutumpue, no distrito de Ancuabe, em Cabo Delgado.

Para além destas três mortes, nos dias 22 e 26 de Dezembro, na Zambézia, foram reportados outros assassinatos de dois membros seniores do Podemos, bem como o baleamento de um outro membro dentro da sua residência, mas que conseguiu sobreviver.

A Plataforma Eleitoral Decide alertou para o que chama de “novo fenómeno no contexto pós-eleitoral: as perseguições e execuções presumivelmente por motivações políticas”, assim como revelou a descoberta de uma vala comum em Ancuabe.

O País tem sido palco de manifestações organizadas por apoiantes do candidato da oposição, Venâncio Mondlane, que contestam os resultados divulgados pelo Conselho Constitucional. Organizações da sociedade civil referem que os confrontos entre manifestantes e as forças de segurança já resultaram em quase 300 mortos e cerca de 600 feridos.

O Conselho Constitucional (CC) proclamou Daniel Chapo, candidato apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder), como vencedor da eleição a Presidente da República, com 65,17% dos votos, sucedendo no cargo a Filipe Nyusi, bem como a vitória da Frelimo, que manteve a maioria parlamentar, nas eleições gerais de 9 de Outubro.

O anúncio provocou novo caos em todo o País, com manifestantes pró-Venâncio Mondlane – que obteve apenas 24% dos votos – nas ruas, colocando barricadas, promovendo pilhagens e confrontos com a polícia, que tem vindo a realizar disparos para tentar repor a ordem

Partilhe o seu amor
SabeBusiness
SabeBusiness

A SabeBusiness é uma plataforma inovadora dedicada a conectar, impulsionar e transformar negócios em todos os setores da economia. Criada com a missão de fortalecer o ecossistema empresarial, a SabeBusiness oferece um ambiente digital estratégico onde empreendedores, empresas, profissionais e organizações podem expandir suas redes, promover seus serviços e explorar novas oportunidades de mercado.

Artigos: 8123

Newsletter informativa

Insira o seu email abaixo para subscrever a nossa newsletter

Leave a Reply