A Zâmbia espera iniciar as obras da ferrovia do galeria do Lobito, que ligará o seu cinturão de cobre à costa atlântica de Angola, até ao terceiro trimestre de 2026, revelou o ministro dos Transportes zambiano, Frank Tayali, à medida que o projecto avança com as negociações de financiamento.

De combinação com a Reuters, o galeria, que ligará a região de Chingola, na Zâmbia, à traço ferroviária de Benguela, em Luacano, Angola, deverá ter mais de 530 quilómetros e servir uma vez que uma rota de exportação fundamental para o cobre e produtos agrícolas.

À margem da cimeira EUA-África, que decorre na capital angolana, Luanda, de 23 a 27 de Junho, Tayali mostrou-se optimista em relação ao projecto multinacional, destacando o interesse dos Estados Unidos da América (EUA), da União Europeia (UE) e das partes interessadas a nível regional.

“Temos um promotor na Africa Finance Corporation a trabalhar nas questões financeiras e as coisas parecem estar a decorrer muito muito”, afirmou Tayali, acrescentando: “Trata-se de um pouco monumental e temos muita crédito no seu potencial para resolver a instabilidade cevar global e desbloquear as terras áridas de África para a cultura.”

O ministro de Estado da Coordenação Económica de Angola, José Massano, sublinhou que o Governo continua hipotecado em facilitar investimentos uma vez que o galeria do Lobito através de negociações com o sector privado, mas descartou o financiamento directo do Executivo para o projecto. As conversações têm-se centrado nas cláusulas do contrato de licença, incluindo potenciais garantias solicitadas pelos financiadores.

“Podemos ter uma ou duas cláusulas ajustadas para facilitar a relação entre operadores e financiadores. Estes processos levam tempo, mas existe um compromisso firme para que isso aconteça”, frisou o governante.

Massano também confirmou que Angola está a proceder com um financiamento previsto de 500 milhões de dólares do Banco Mundial, com requisitos que deverão ser cumpridos até ao final do ano.

No projecto fiscal, o responsável abordou as perspectivas orçamentais de Angola num contexto de volatilidade dos preços do petróleo. Ao discursar na cimeira na segunda-feira (23), observou que os preços do petróleo supra de 70 dólares por barril — em traço com a previsão orçamental do país para 2025 — proporcionavam um refrigério temporário para a implementação de programas económicos e sociais.

Questionado se o país tinha descartado um programa do Fundo Mundial Internacional (FMI), Massano destacou que Angola continua ensejo ao diálogo com organizações multilaterais, incluindo o FMI, para solidificar as finanças públicas, se necessário.

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