A conferência, que tem lugar na capital da África do Sul, marca “o lançamento oficial da Iniciativa Africana de IA”, disse a UNESCO num comunicado.
Trata-se de um “roteiro estruturado para orientar as ações nos próximos anos” e destaca a formação prevista para 15 mil funcionários públicos e cinco mil juízes e procuradores, que vai abordar “o uso da inteligência artificial e os desafios da transformação digital”.
Além disso, milhares de outros trabalhadores do setor público também poderão receber formação graças à Aliança Spaark-AI, uma iniciativa internacional de escolas nacionais e regionais de administração pública lançada este ano pela UNESCO, que já reúne 45 Estados africanos.
A UNESCO também vai oferecer a Iniciativa de Codificação para Jovens, destinada a dois mil professores e alunos, assim como cerca de 30 responsáveis políticos educacionais de 15 países.
“Estamos a trabalhar com a União Africana e a presidência sul-africana do G20 para colocar a Inteligência Artificial ao serviço de África. Precisamos promover uma dinâmica endógena em África, baseada no desenvolvimento de talentos, na adaptação institucional e nas respostas às prioridades africanas”, afirmou a diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay.
O pacote de medidas também inclui um novo serviço “para ajudar governos, pesquisadores e organizações da sociedade civil a elaborar, desenvolver e monitorizar políticas de Inteligência Artificial”, chamado Plataforma de Assistência à Política Tecnológica, desenvolvido em conjunto com a presidência sul-africana do G20.
“Esta ferramenta acompanhará os responsáveis pela tomada de decisões públicas dos membros do G20 e também os países em desenvolvimento na criação de roteiros personalizados para o uso da IA a nível nacional e em conformidade com as normas internacionais”, detalhou a agência da ONU.
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