As trocas comerciais entre Angola e China atingiram 24 mil milhões de dólares em 2024, uma parceria empresarial “activa, contínua e mutuamente benéfica”, segundo o presidente da Câmara de Comércio Angola-China (CAC), Luís Cupenela.

Segundo noticiou a Lusa, a informação foi partilhada nesta segunda-feira (13), durante a abertura da conferência sobre “A Influência do Sector Empresarial Chinês na Economia Nacional de Angola”, que decorre em Luanda.

“De acordo com a caracterização da balança de pagamento de 2023-24, o volume das trocas comerciais entre os dois países registou uma variação mínima de mais de 1% de 23,8 a 24 mil milhões de dólares, mantendo o stock do investimento acima dos 27 mil milhões de dólares”, afirmou o presidente da CAC.a d v e r t i s e m e n t

Em declarações feitas durante a abertura da conferência (uma iniciativa da CAC e da TV Zimbo), Luís Cupenala sinalizou que aproximadamente 5 mil milhões de dólares do global do investimento chinês em Angola foram direccionados para o sector não petrolífero: “A cooperação com o gigante asiático traduz-se em benefícios e progresso mútuo, desde que saibamos com sabedoria e proficiência tirar maiores vantagens, pois a China está comprometida em procurar um desenvolvimento de alta qualidade, servindo como um pilar da estabilidade socioeconómica global”, referiu.

Cupenela fez saber que mais de 500 empresas de direito angolano com capital chinês operam em Angola, “onde encontraram a sua segunda pátria e participam no quotidiano e ombro a ombro com angolanos na dinâmica económica do país.”

Apesar das “incertezas” resultantes dos choques e instabilidade económica global, observou o presidente da CAC, a China e os empresários chineses continuam a acreditar no futuro de uma Angola comprometida com o progresso.

“O nível do aprofundamento de relações de cooperação e parceria estratégica, construídas ao longo dos 42 anos, mantém acesa a chama de contínua manutenção das trocas comerciais, dos investimentos e do benefício recíproco entre os dois países”, assinalou ainda o responsável.

Por sua vez, o embaixador da República Popular da China em Angola, Zhang Bin, destacou o investimento chinês em Angola e o grau de cooperação entre Luanda e Pequim, referindo que, nos últimos 42 anos, a cooperação económica e comercial alcançou “progressos notáveis e levou a resultados frutíferos, visíveis e tangíveis.”

O diplomata chinês assinalou a participação “activa” do seu país na reconstrução de Angola, na construção de caminhos-de-ferro, estradas, portos, aeroportos, hospitais, habitações e sistemas de distribuição de água.

O volume das trocas comerciais entre os dois países registou uma variação mínima de mais de 1% de 23,8 a 24 mil milhões de dólares

O comércio bilateral anual superior a 20 mil milhões de dólares bem como o stock de investimento de 27 mil milhões dólares foram igualmente enaltecidos pelo embaixador chinês, realçando ainda os investimentos nos sectores da agricultura, mineração, finanças, processamentos, parques industriais, imobiliário e serviços.

“O investimento e a cooperação comercial das empresas chinesas no país não só criaram inúmeros postos de trabalho e receitas fiscais, como também formaram um número significativo de profissionais e técnicos qualificados, promovendo, de forma eficaz, a diversificação da economia angolana”, concluiu Zhang Bin.

Já o coordenador geral da TV Zimbo – televisão angolana detida pelo Estado – Paulo Julião, considerou, na sua intervenção, que a presença do sector empresarial chinês em Angola “é hoje um dos pilares” da cooperação económica internacional, visível em diversas áreas económicas.

A conferência assinala os 17 anos da televisão, os 42 anos de cooperação Angola-China e os 50 anos de independência de Angola, que serão celebrados a 11 de Novembro próximo.

Fonte: Lusa

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