Como resultado de uma parceria entre o Governo ruandês, a China Road and Bridge Corporation (CRBC) e a empresa de tecnologia de mobilidade aérea urbana Ehang, o país lançou o primeiro táxi aéreo de África, durante a Cimeira Africana da Aviação, que teve lugar nos dias 4 e 5 de Setembro, em Kigali. De acordo com o The New Times, o táxi aéreo totalmente eléctrico de dois lugares foi construído na China, vem equipado com tecnologia de navegação autónoma de última geração e, durante a demonstração, dirigida pelo Presidente do país, Paul Kagame, descolou sem piloto a bordo. “Isto é mais do que uma simples demonstração. É um vislumbre de como o Ruanda vê as suas cidades e a sua economia: conectadas, eficientes e sustentáveis”, afirmou o ministro das Infra-estruturas do Ruanda, Jimmy Gasore, salientando que, ao levar o transporte para os céus, os táxis aéreos eléctricos autónomos do Ruanda representam uma solução prática para o crescente desafio do congestionamento do tráfego urbano. “Com a capacidade de evitar estradas congestionadas e ligar pontos-chave em minutos, em vez de horas, esta tecnologia promete aliviar a pressão sobre o transporte terrestre, reduzir os tempos de viagem e melhorar a mobilidade urbana. Isto está em linha com a visão de Kigali de cidades mais inteligentes e ecológicas, onde a tecnologia impulsiona a eficiência e a sustentabilidade”, acrescentou. Para Gasore, o lançamento reforça a reputação do Ruanda como um centro de tecnologia e inovação em rápido crescimento. O ministro recordou ainda que o país foi pioneiro no uso de drones para serviços de entrega de suprimentos médicos. “O Governo também investiu em infra-estrutura de carregamento e estruturas políticas que apoiam a mobilidade eléctrica, incluindo autocarros e motociclos eléctricos, que já estão a transformar o transporte urbano”, concluiu. O director-geral da CRBC no Ruanda, Huang Qilin, saudou a colaboração como uma prova do compromisso em trazer soluções de ponta para África. “Estamos disponíveis para trabalhar com o país para explorar o potencial da economia de baixa altitude.”