a d v e r t i s e m e n tO relatório DealMakers – uma publicação especializada em acompanhar e analisar o mercado de fusões e aquisições (M&A), mercado de capitais e transacções financeiras -, destacou a “notável resiliência” da África do Sul por ter captado quase metade dos negócios no primeiro semestre deste ano. O país mais industrializado de África mostrou uma tendência contrária do continente, cujas fusões e aquisições estão em “declínio”, nos últimos quatro anos, aponta o documento.

Segundo o relatório, citado pelo jornal Expansão, nos últimos quatro anos, o aumento das taxas de juro globais, a valorização do dólar norte-americano e a persistente instabilidade política em várias das principais economias africanas têm expulsado muitos investidores para mercados mais maduros e de menor risco, deixando o continente africano em “declínio”.

África do Sul é o único país que escapa a esta tendência, representando quase 45% das transacções do continente no primeiro semestre do ano. Excluindo-a, o valor total das fusões e aquisições captadas no continente nos primeiros seis meses do ano fixaram-se nos 4,7 mil milhões de dólares, uma queda de 16% face ao ano anterior e 61% abaixo dos níveis observados no igual período de 2022, aponta Marylou Greig, directora da DealMakers Africa.

O volume de negócios reflectiu este retrocesso – uma queda de 21% face a 2024 e 68% abaixo dos níveis registados em 2022. Neste cenário de recuo, o sector energético continua a ser o principal motor. Dois negócios lideraram a tabela em valor neste período, avaliados em 2,16 mil milhões de dólares, quase metade do montante total dos acordos concluídos.

No sector da energia registaram-se principalmente “desinvestimentos em activos de petróleo e gás por parte de multinacionais e consolidações regionais entre intervenientes africanos que procuram reforçar a autonomia energética”, refere a Agência Ecofin.

Estão neste lote a venda pela Eni, participações em diversos activos de petróleo e gás na Costa do Marfim e na República do Congo à Vitol (empresa global de comércio de energia), estimada em 1,65 mil milhões de dólares, e a venda pela TotalEnergies da sua participação de 12,5% no campo offshore de Bonga, na Nigéria, à Shell e à companhia energética italiana Agip, avaliada em 510 milhões de dólares.

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