Angola produziu 30,9 milhões de barris de petróleo em Julho, caindo abaixo de um milhão de barris por dia pela primeira vez desde 2023, ano em que abandonou a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), noticiou a Lusa, nesta quinta-feira, 21 de Agosto.

“A produção de petróleo de Angola para o mês de Julho foi de 30 961 452 barris, correspondendo à média diária de 998 757 barris de petróleo contra 1073 542 barris previstos”, lê-se numa nota divulgada no site da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, o regulador angolano deste sector.

A produção de gás associado durante o mesmo período “foi de 82 307 milhões de pés cúbicos, correspondente à média diária de 2655 milhões de pés cúbicos”, acrescenta-se no mesmo documento.

A descida da produção para menos de um milhão de barris por dia acontece pela primeira vez desde que Angola saiu da OPEP, em 2023, argumentando, na altura, que o limite de 1,2 milhão de barris diários imposto pela quota do cartel era curto para as necessidades do país.

A queda na produção é mais um problema para as finanças públicas de Angola, que enfrentam também um preço de referência do petróleo abaixo dos 70 dólares previstos no orçamento, e daí a redução na receita pública proveniente da exportação desta matéria-prima.

De acordo com o Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Angola exportou 83,6 milhões de barris de petróleo bruto no segundo trimestre de 2025 e encaixou 5,6 mil milhões de dólares, uma redução de 13,6% face ao trimestre homólogo.

O volume de petróleo exportado representa uma diminuição de 3,82% face ao trimestre anterior, ainda assim valendo um encaixe na ordem dos 5,4 mil milhões de dólares, e o valor bruto das exportações no segundo trimestre registou uma diminuição de 12,5% relativamente ao trimestre anterior. Em termos homólogos, a redução foi de 29,81%, segundo os dados apresentados no final do mês passado.

Angola tinha previsto exportar 1,07 milhão de barris diários em Julho, e prevê também uma redução das exportações, de 1,09 milhão, em Setembro, para 994 mil, em Outubro, de acordo com os dados preliminares das cargas, noticiados pela Bloomberg.