O Presidente da República de Moçambique, Daniel Chapo, afirmou que a integridade e o combate à corrupção são fundamentais para o progresso do país. 
A declaração ocorreu durante a sessão de abertura da Conferência Nacional sobre Combate à Corrupção, realizada na capital, sob o lema “Por Um Moçambique Livre de Corrupção”.
Chapo destacou que a corrupção mina a confiança dos cidadãos nas instituições, desarticula o tecido social e desvia os recursos que deveriam beneficiar a população. Este fenómeno, frisou, fragiliza a economia e amplifica as desigualdades sociais, comprometendo especialmente o futuro da juventude, assim como a credibilidade das políticas públicas e a soberania do Estado.
“O combate à corrupção constitui uma prioridade absoluta do novo governo e deve ser encarado como uma causa nacional,” enfatizou Chapo. A conferência simboliza a firme determinação do Governo em enfrentar este desafio, convocando todos os segmentos sociais, tanto a nível nacional como internacional, para consolidar a boa governação e o Estado democrático, fundamentais para o desenvolvimento colectivo e a construção de um Moçambique íntegro.
Chapo sublinhou que a luta contra a corrupção não é um processo isolado, mas insere-se na visão integrada de governança prevista no Programa Quinquenal do Governo 2025-2029. O Presidente reiterou a necessidade de um Estado que funcione com transparência e que coloque o cidadão no centro das suas decisões.
“No desenvolvimento sustentável não há espaço para a falta de integridade; a justiça social carece de transparência e a paz está intrinsecamente ligada à confiança nas instituições,” afirmou.
Além do Programa Quinquenal, foi aprovada uma estratégia de prevenção e combate à corrupção na administração pública, que serve como ferramenta na luta contra este fenómeno. O Presidente mencionou que alguns funcionários públicos actuam de maneira a comprometer a Unidade de Gestão de Aquisições (UGEA) e outras áreas, com a intenção de obter vantagens ilícitas.
“Não basta aprovar leis e estratégias; é essencial partilhar experiências, aprender com boas práticas e fortalecer a nossa credibilidade a nível internacional,” concluiu.
O Procurador-Geral da República, Américo Letela, também destacou que o combate à corrupção deve ser uma responsabilidade coletiva. Letela indicou a necessidade de uma reflexão profunda sobre a eficácia das acções realizadas para a prevenção e combate à corrupção, que transcende as competências do sistema judiciário.
O evento reúne juízes, magistrados, representantes do Estado central e provincial, membros da sociedade civil, académicos e convidados de países como Portugal, Brasil e Botswana, todos comprometidos na busca de soluções para a luta contra a corrupção em Moçambique.

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