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O Presidente da República, Daniel Chapo, confirmou este sábado, 30 de Agosto, que o diálogo nacional inclusivo terá início oficial no próximo dia 10 de Setembro, destacando a iniciativa como um instrumento essencial para consolidar a estabilidade política e acelerar o desenvolvimento económico de Moçambique.
Segundo a Agência de Informação de Moçambique, o anúncio foi feito durante um comício no bairro Mali, distrito municipal da KaTembe, na cidade de Maputo, no quadro da visita de trabalho de dois dias que o chefe de Estado realizou à capital do País.
Segundo Daniel Chapo, o diálogo político deverá envolver todos os segmentos da sociedade, sem exclusões, garantindo que as decisões a serem alcançadas reflictam um consenso nacional. “Todos nós, como moçambicanos, sem excepção: partidos políticos com assentos parlamentares, sem assentos, extra-parlamentares, académicos, sociedade civil, trabalhadores, operários, camponeses, juventude, mulheres e os nossos amigos da comunicação social, estão convidados para, a partir do dia 10 de Setembro, participarmos com ideias e contribuirmos para que um dia tenhamos eleições no País em que, quando terminarem, aquele que perdeu pegue o telefone, ligue para aquele que ganhou, deseje parabéns e espere pelas próximas eleições”, afirmou.
O Presidente da República sublinhou que o objectivo central da iniciativa é colocar um ponto final na violência pós-eleitoral, fenómeno que tem marcado os pleitos no País. “Urge acabar com a violência e com os tumultos que têm surgido após a realização das eleições. Precisamos de uma cultura democrática assente no respeito pelos resultados e nas regras do jogo”, defendeu.
Daniel Chapo recordou que a lei que cria o diálogo nacional inclusivo foi aprovada por unanimidade pela Assembleia da República em Abril, o que, no seu entender, demonstra a importância atribuída pelos diferentes actores políticos à necessidade de um espaço de concertação permanente.
O chefe de Estado adiantou ainda que o processo poderá conduzir a alterações legislativas e até constitucionais, se daí resultar um consenso alargado. “Se houver necessidade de alterar uma lei, vamos alterar. Se houver necessidade até de alterar a Constituição, faremos uma revisão. O importante é que tenhamos leis de consenso que sirvam os interesses do nosso povo”, declarou.
Com uma mensagem de mobilização, Daniel Chapo apelou à participação massiva dos moçambicanos no processo, sublinhando que apenas o envolvimento directo da sociedade poderá assegurar legitimidade e resultados práticos. “Este diálogo deve ser franco, aberto e sem receios, para que se construam consensos sólidos que façam de Moçambique um País de paz, seguro e livre”, concluiu.a d v e r t i s e m e n t