advertisement O Governo português transmitiu nesta terça-feira, 7 de Outubro, a sua disponibilidade para cooperar com Moçambique na área da defesa para o fortalecimento das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), face aos novos ataques terroristas na província de Cabo Delgado, região norte do País. “Portugal é um aliado prioritário e estivemos sempre na linha da frente para cooperar nas áreas da segurança e defesa, de modo a auxiliar a erradicação do terrorismo”, afirmou o embaixador de Portugal em Moçambique, Jorge Monteiro, após um encontro em Maputo com a presidente do Parlamento Margarida Talapa. O diplomata reiterou que o seu país presta assistência às FADM através da Missão de Assistência Militar da União Europeia em Moçambique (EUMAM MOZ) iniciada em 2021, que forma mais de 500 militares moçambicanos num ano. Recentemente, a Missão de Assistência Militar da União Europeia em Moçambique anunciou ter concluído o Programa de Manutenção destinado a reforçar as capacidades técnicas e organizacionais das Forças Armadas de Defesa de Moçambique na área de manutenção e apoio operacional. Dezassete oficiais moçambicanos participaram e concluíram com êxito esta formação especializada. O treino decorreu nas instalações da Escola de Condução Militar das FADM, onde os formandos adquiriram conhecimentos fundamentais para a constituição e gestão de unidades de suporte à manutenção, estruturas indispensáveis ​​para assegurar a prontidão, sustentabilidade e autonomia operacional das forças armadas nacionais. A EUMAM MOZ é uma missão não executiva, com mandato até Junho de 2026, e foca-se no ciclo de formação operacional e de manutenção, ministrando também formação especializada às FADM como forma de prepará-las para serem auto-suficientes no combate à insurgência que assola alguns distritos da província de Cabo Delgado desde 2017. Desde Outubro de 2017, Cabo Delgado – província rica em recursos naturais, nomeadamente gás – tem sido palco de uma insurgência armada que já provocou milhares de mortos e originou uma crise humanitária com mais de um milhão de deslocados internos. Em Abril, os ataques alastraram também à vizinha província do Niassa. Um dos episódios mais graves ocorreu na Reserva do Niassa e no Centro Ambiental de Mariri, no distrito de Mecula, onde grupos armados não estatais atacaram instalações, roubaram bens, destruíram acampamentos e uma aeronave do parque. Estes actos resultaram na morte de, pelo menos, duas pessoas e levaram à deslocação de mais de dois mil indivíduos, dos quais 55% são crianças.advertisement

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