
Venâncio Mondlane anuncia ingresso no Parecer de Estado moçambicano
O ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane afirmou que assumirá o missão no Parecer de Estado de Moçambique, conforme o que estipula a Constituição para o segundo mais votado nas eleições.
Mondlane justificou a sua decisão alegando que o povo “ordenou” que o fizesse, depois um questionário que recolheu as opiniões de 10.650 cidadãos, dos quais 80% o aconselharam a concordar a posição.
“Mesmo que eu não quisesse, eu não tenho hipótese. O meu povo disse que eu tenho que ir”, declarou Mondlane aos jornalistas, à saída da Procuradoria-Universal da República, em Maputo, onde foi ouvido novamente num processo relacionado com as manifestações que se seguiram às eleições gerais de 9 de Outubro.
O ex-candidato revelou que já iniciou o seu trabalho no Parecer de Estado, tendo inclusive feito uma estudo da legislação que rege o órgão. “Eu notei que aquela lei é uma lei totalmente desadequada. Já fiz a minha proposta de revisão da lei do Parecer de Estado e submeti-a”, afirmou.
Mondlane salientou que a sua intenção não é ocupar o missão unicamente por formalidade. “Vou para lá tutelar o povo”, afirmou, sublinhando a sua formalidade em desempenhar um papel activo e significativo.
A primeira reunião do novo Parecer de Estado estava prevista para a passada terça-feira, mas foi cancelada por questões de agenda, sem que tenha sido anunciada uma novidade data.
Vale realçar que Venâncio Mondlane, que contestou os resultados das eleições de 9 de Outubro, ocupa o missão por ser o segundo candidato mais votado segundo os resultados proclamados pelo Parecer Constitucional. A Constituição moçambicana define o Parecer de Estado uma vez que um “órgão político de consulta do Presidente”, que conta com a participação, entre outros, do presidente da Plenário da República e do primeiro-ministro.