
Ex-guerrilheiros da Renamo revoltam-se e expulsam direcção do partido em Tete
Receba vagas no seu WhatsApp
Siga o nosso canal do WhatsApp para receber vagas no status do WhatsApp.
Clique aqui para seguir
Na cidade de Tete, Moçambique, um clima de tensão e violência emergiu entre membros e simpatizantes da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo).
A situação escalou rapidamente quando ex-guerrilheiros da formação política, armados com paus e outros objectos, tomaram a decisão de encerrar as portas da delegação local, em protesto contra a actual liderança que acusam de maus tratos e desvio no processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR).
Durante a confusão, quatro indivíduos do grupo de protesto sofreram ferimentos graves. Um ex-guerrilheiro, que preferiu não se identificar, expressou a frustração colectiva: “Nós somos militares, não há população. O Presidente Ossufo está a maltratar-nos. Não recebemos o nosso dinheiro e estão a colocar população como delegados provinciais. Tem que sair, o delegado da província e o da cidade; não queremos mais, estão a estragar o partido”, afirmou.
Os ex-guerrilheiros exigem a saída imediata de Ossufo Momade da presidência da Renamo, alegando que a sua liderança está a aniquilar os ideais fundacionais do partido. Caso as suas reivindicações não sejam atendidas, ameaçam tomar medidas drásticas, dirigindo-se independentemente a todas as delegações políticas do partido.
A polícia foi chamada para intervir e garantir a segurança dos membros da direcção, que se encontravam barricados dentro do edifício da delegação política. No entanto, a presença policial não conseguiu intimidar os manifestantes. Diante da crescente hostilidade, o delegado político da cidade e a sua equipa foram forçados a renunciar aos seus cargos em busca de protecção pessoal.
Evaristo Sixpense, ex-delegado de Tete, declarou: “Para o meu bem e da minha família, a partir de hoje, deixo de ser delegado de Tete”. Este ato reflete o clima de insegurança que se instalou entre os membros da Renamo na região.
Por sua vez, o delegado político provincial reagiu ao tumulto, afirmando que os distúrbios são provocados por elementos que têm como objectivo desestabilizar o partido. A situação em Tete levanta preocupações sobre a coesão interna da Renamo e o futuro político da formação em um contexto já delicado.