Deputados do MDM preparam-se para tomada de posse após boicote a cerimónia oficial

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Os deputados do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), a quarta força parlamentar do país, irão tomar posse na Assembleia da República a partir de amanhã, conforme anunciado pelo presidente do partido, Lutero Simango, em conferência de imprensa realizada este domingo. 
A decisão surge após um boicote à cerimónia oficial de tomada de posse, que ocorreu no dia 13 de Janeiro e à qual apenas assistiram os representantes da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) e do Partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos).
Simango esclareceu que a tomada de posse do MDM já se encontra agendada, aguardando apenas a confirmação da autoridade parlamentar.
O MDM, juntamente com a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), optou por não participar na cerimónia oficial como forma de contestação aos resultados das eleições gerais, que tiveram lugar a 9 de Outubro e cuja legitimidade não é reconhecida por estas forças políticas.
O presidente do MDM expressou que a decisão de boicotar a cerimónia teve uma dupla intenção: manifestar a não aceitação dos resultados eleitorais e prestar solidariedade às vítimas de violência e detidos durante os protestos que se seguiram às eleições. “Queremos deixar claro que não reconhecemos os resultados das eleições e que o nosso boicote é uma mensagem ao Governo sobre a necessidade de um diálogo político nacional”, afirmou Simango.
O MDM, que conta com uma bancada de oito deputados, comprometeu-se a defender os interesses da população moçambicana na Assembleia da República. “A nossa missão política estratégica está cumprida e faremos o máximo para que os moçambicanos tenham uma verdadeira voz na defesa dos seus interesses”, assegurou o líder do partido.
Por sua vez, a Renamo, que possui 28 parlamentares, também anunciou que irá tomar posse dos seus deputados nos próximos dias, aguardando igualmente a comunicação oficial por parte dos serviços do parlamento.
Moçambique tem enfrentado um clima de agitação social desde 21 de Outubro, com protestos e manifestações convocados pelo ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane. Estes eventos têm estado marcados por confrontos violentos entre a polícia e os manifestantes, resultando em saques e destruição de bens públicos e privados.
Segundo a organização não-governamental Decide, que monitora os processos eleitorais, os protestos já causaram pelo menos 315 mortes, incluindo cerca de duas dezenas de menores, e aproximadamente 750 feridos a bala.

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