“De um ponto de vista da política monetária, estamos num bom lugar. É um lugar fixo? Não, mas vamos fazer o que for preciso para assegurar que ficamos num bom lugar”, afirmou a presidente do BCE após a reunião que manteve as taxas de juro diretoras.

Em Florença, Itália, Lagarde destacou que o crescimento de 0,2% no terceiro trimestre ficou acima do esperado.
“Neste momento, não me queixaria demasiado do crescimento”, acrescentou, dizendo que, ainda assim, o bloco económico “pode fazer melhor”.
Lagarde assinalou ainda alguns riscos que foram aliviados nas últimas semanas, desde o acordo comercial entre Estados Unidos da América e União Europeia ao progresso nas relações entre Washington e Pequim, passando pelo recente cessar-fogo acordado no Médio Oriente.
A presidente do BCE considerou que a exposição ao risco está menor, tendo-se reduzido os riscos de abrandamento ou contração da economia.
Ainda assim, reconheceu os possíveis impactos de problemas em cadeias de abastecimento, como no caso dos semicondutores para a indústria automóvel.
Também a guerra da Rússia contra a Ucrânia “continua a ser uma fonte de grande incerteza”.
Sobre a inflação, Lagarde acredita que “o quadro é mais equilibrado”.
Sobre a decisão dos governadores, a responsável disse que houve “unanimidade absoluta” em manter as taxas de juro diretoras pela terceira vez consecutiva.
O BCE anunciou hoje que vai manter as taxas de juro diretoras, incluindo a taxa de depósitos em 2,00%, considerada neutra para a zona euro, por não estimular ou travar o crescimento económico.
Numa nota divulgada no seu portal, o BCE refere que as taxas de juro aplicáveis à facilidade permanente de depósito, às operações principais de refinanciamento e à facilidade permanente de cedência de liquidez manter-se-ão, assim, em 2,00%, 2,15% e 2,40%.
A próxima reunião do Conselho do BCE dedicada à política monetária está marcada para os dias 17 e 18 de dezembro, em Frankfurt, Alemanha.
Leia Também: Angola gastou 610,4 milhões para importar combustíveis líquidos