a d v e r t i s e m e n tA tradicional empresa petrolífera nacional da África do Sul, PetroSA, aprovou um acordo para conceder à multinacional britânica Shell Offshore uma participação de 60% no seu Bloco 2C, na costa oeste do país, segundo um documento visto pela Reuters nesta segunda-feira, 8 de Dezembro.
Se for concluído com sucesso, o acordo fortalecerá a exposição da gigante petrolífera Shell à bacia de Orange, que se tornou uma das zonas de exploração mais cobiçadas do mundo após grandes descobertas de petróleo na vizinha Namíbia.
Uma breve nota nos programas prioritários da PetroSA informou que a empresa aprovou o acordo de farm-in para permitir que a Shell Offshore adquira uma participação de 60% “com a petrolífera britânica a comprometer-se a pagar um bónus de assinatura de 25 milhões de dólares e assumir todos os custos (de cerca de 135 a 150 milhões de dólares) de três poços”.
O director-executivo da PetroSA, que detém 100% do Bloco 2C, não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Um porta-voz da Shell afirmou que questões comerciais sensíveis impediram qualquer comentário sobre “oportunidades específicas”, mas acrescentou que a empresa estava “a avaliar continuamente várias opções de portfólio para expandir os nossos negócios”.
A Shell já tem como objectivo explorar ao longo da costa oeste da África do Sul e, em Julho, recebeu autorização ambiental para perfurar até cinco poços em águas profundas no Bloco Ultra Profundo do Cabo Norte, na bacia de Orange. Não foi divulgada a data de início da perfuração.
Em Outubro, a Shell recorreu da decisão do tribunal superior que bloqueou a exploração na costa oeste do Bloco 5/6/7, uma vez que vários processos judiciais movidos por grupos ambientalistas atrasaram a perfuração planeada.
A PetroSA, que este ano foi incorporada na nova South African National Petroleum Company, detém muitos activos, incluindo terrenos offshore e uma fábrica de gás para líquido em Mossel Bay, na província do Cabo Ocidental, que se encontra sob cuidados e manutenção.
A entidade reguladora nacional PASA afirmou que não pode comentar a transferência de participações, uma vez que ainda não recebeu um pedido para transferir interesses sobre os direitos existentes no Bloco 2C.

