A diligência empresarial em Moçambique registou, em Maio, o primeiro recuo do ano, segundo os dados do Índice PMI (Purchasing Managers’ Índice) compilado mensalmente pelo Standard Bank. O indicador caiu de 50,5 pontos em Abril para 49,6 em Maio, sinalizando uma deterioração ligeira nas condições do sector privado, depois quatro meses consecutivos de desenvolvimento.

O índice PMI — que mede o desempenho de empresas com base em variáveis uma vez que produção, novas encomendas, ofício e ‘stocks’ — utiliza o valor de 50 uma vez que risca divisória: supra desse nível indica expansão, inferior sugere contracção. Em Maio, o valor de 49,6 indica que, pela primeira vez em 2025, o sector privado moçambicano entrou em terreno negativo.

De harmonia com o questionário orientado pelo banco, apesar de a produção e as novas encomendas continuarem a crescer, o ritmo de desenvolvimento abrandou significativamente. Levante abrandecimento levou muitas empresas a reduzir as suas aquisições e os níveis de ‘stock’, numa tentativa de ajuste à menor procura.a d v e r t i s e m e n t

“As taxas de desenvolvimento da produção e das encomendas foram as mais fracas dos últimos quatro meses”, indica o relatório. Embora algumas empresas tenham registado novos clientes e pedidos de maior volume, outras apontaram uma redução das encomendas e fornecimentos limitados.

O documento destaca ainda que, face à estabilização das condições de procura, várias empresas decidiram trinchar nas compras de matérias-primas e bens para revenda. Esta redução resultou na primeira contracção nas aquisições em 2025 e num novo declínio dos ‘stocks’ disponíveis.

O economista-chefe do Standard Bank, Fáusio Mussá, sublinha que os resultados de Maio reflectem uma “volatilidade persistente” no índice desde o último trimestre de 2024, o que evidencia a fragilidade da retoma económica depois as eleições gerais.

“Os dados mostram uma desaceleração no ritmo de desenvolvimento, sem geração líquida de ofício e com pressões reduzidas sobre os preços dos meios de produção”, comentou Mussá.

Com efeito, o ofício manteve-se seguro em Maio, com a grande maioria das empresas inquiridas a reportar falta de mudanças na sua força de trabalho. Ao mesmo tempo, registou-se uma novidade redução no volume de trabalho pendurado, o que sugere que o abrandecimento da procura permitiu às empresas atender as encomendas existentes com maior eficiência.

No que toca aos preços, verificou-se uma novidade descida dos custos médios dos insumos — depois três meses consecutivos de subida — embora o declínio tenha sido moderado. Esta evolução dos preços reflecte, em segmento, o ajuste das empresas à redução da diligência.

Apesar do abrandecimento, o estudo indica que as perspectivas futuras permanecem fortemente positivas, com os empresários a manterem expectativas favoráveis quanto à evolução da diligência nos próximos meses.

Manancial: Lusaa d v e r t i s e m e n t

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