A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) manteve nesta segunda-feira, 13 de Outubro, a previsão do crescimento da procura mundial de petróleo para 2025 e 2026, respectivamente, mais 1,25% e 1,31%, graças ao impulso do sector de transportes. No relatório mensal de Outubro, publicado nesta segunda-feira, a OPEP reitera a sua visão optimista sobre a evolução do consumo de petróleo, que se baseia na previsão de que a economia mundial crescerá de forma sólida, em torno de 3%, tanto este ano como no próximo. O grupo calcula que, em 2025, a procura mundial atinja 105,14 milhões de barris diários de petróleo bruto, mais 1,30 milhão de barris diários do que no ano passado, e 106,52 milhões de barris diários em 2026, o que representa um aumento de 1,38 milhão de barris diários em relação a este ano. Estes dados são idênticos aos que a organização previa no relatório publicado no início de Setembro. “É esperado que os combustíveis para transporte impulsionem o crescimento da procura global de petróleo este ano, com um crescimento homólogo do querosene de aviação de cerca de 380 mil barris por dia”, destacam os especialistas da OPEP no documento. Destes, cerca de 120 mil barris diários correspondem aos países industrializados, onde a organização prevê que as melhorias continuem “nas actividades das companhias aéreas.” Enquanto isto, em todas as outras categorias de produtos petrolíferos, excepto o gás natural liquefeito (GNL), o consumo ainda não atingiu os níveis de 2019, antes da pandemia de covid. Em todo o mundo, a procura de diesel e gasolina aumentará em torno de 300 e 280 mil barris por dia, respectivamente, graças ao maior consumo na Índia, China e outros países não membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). “A actividade económica contínua e robusta na Ásia Ocidental, a recuperação contínua do transporte aéreo global e a boa procura esperada de matérias-primas petroquímicas serão fundamentais para o crescimento da procura de petróleo em 2025”, resume a OPEP. No entanto, os analistas do cartel admitem ao mesmo tempo que existem “incertezas” importantes que podem modificar o cenário, como “os níveis de inflação, as medidas de ajustamento monetário e os níveis da dívida soberana.” Em relação à oferta, o relatório mantém as previsões publicadas há um mês, estimando em 54,01 milhões de barris diários e 54,64 milhões de barris por dia os volumes totais da oferta rival, ou seja, a proveniente de “petroestados” não membros da aliança OPEP+ (OPEP e aliados), neste e no próximo ano, respectivamente Para 2026, a OPEP prevê que a gasolina lidere o crescimento da procura global de petróleo bruto, com um consumo adicional de cerca de 430 mil barris por dia, seguida pelo querosene de aviação, com 360 mil barris por dia, aproximadamente. Em relação à oferta, o relatório mantém as previsões publicadas há um mês, estimando em 54,01 milhões de barris diários e 54,64 milhões de barris por dia os volumes totais da oferta rival, ou seja, a proveniente de “petroestados” não membros da aliança OPEP+ (OPEP e aliados), neste e no próximo ano, respectivamente. Estes números implicam um aumento anual de 810 mil barris por dia em 2025 e outro de 630 mil barris por dia em 2026, para os quais contribuem principalmente países do continente americano, com destaque para Estados Unidos da América, Brasil, Canadá e Argentina, indica a organização com sede em Viena. Por sua vez, os 22 países que integram a aliança OPEP+, liderados pela Arábia Saudita e Rússia, produziram em Setembro um total de 43,046 milhões de barris por dia, mais 630 mil barris por dia do que em Agosto, segundo estimativas de institutos independentes publicadas no relatório. O grupo tem aumentado a produção mês a mês desde Abril, para reverter os fortes cortes de produção aplicados desde 2022 para sustentar os preços e, assim, recuperar parte da quota perdida no mercado internacional. Fonte: Lusa