Este é o terceiro contrato de grande dimensão assinado em poucos dias pelo inventor do ChatGPT para garantir capacidades adicionais para o desenvolvimento de IA generativa, depois dos contratos assinados com a Nvidia e a AMD. O acordo anunciado hoje vai além de um simples pedido, pois os microprocessadores destinados à OpenAI serão projetados especificamente para esta empresa e adaptados às suas utilizações. Numa mesa redonda filmada e publicada ‘online’ hoje para acompanhar o comunicado de imprensa, o presidente da OpenAI, Sam Altman, explicou que a sua empresa já trabalhava há 18 meses com a Broadcom para desenvolver estes ‘chips’ avançados personalizados. A Broadcom fornecerá ao seu cliente californiano processadores que requerem uma potência total de 10 gigawatts (GW). “Para nós, colaborar com a melhor empresa de IA é natural”, descreveu o diretor-geral da Broadcom, Hock Tan, durante a mesa redonda. Quanto à escolha da OpenAI de diversificar os seus fornecimentos, o executivo considerou que a IA é “uma revolução industrial”, que não poderá ser levada a cabo “com um ou dois intervenientes, são necessários muitos parceiros e uma colaboração em todo o ecossistema”. A Broadcom é conhecida, nomeadamente, por ter desenvolvido uma arquitetura de processador chamada XPU, eficaz para o funcionamento de ‘chips’ em rede num servidor ou centro de dados (ou “data center”). Sam Altman precisou que a entrada em serviço dos servidores equipados pela Broadcom começaria no final de 2026. “Em seguida, iremos implementá-los muito rapidamente ao longo dos três anos seguintes”, afirmou. Os ‘chips’ da Broadcom serão usados principalmente para inferência, ou seja, para gerar respostas às solicitações dos utilizadores, mais do que para construir modelos de IA ou treiná-los, esclareceu Sam Altman. “Em vários aspetos, pode-se dizer que a construção de infraestruturas de IA é o maior projeto industrial da história da humanidade”, comentou Sam Altman. A ‘startup’ aposta que as suas receitas continuarão a crescer de forma acelerada e que será capaz de angariar capital para financiar a sua expansão. Sam Altman revelou que a OpenAI pode hoje contar com capacidades instaladas de “pouco mais de dois gigawatts”. “As parcerias recentes vão fazer-nos passar para cerca de 30”, acrescentou. Em comparação, uma central nuclear convencional tem uma capacidade de cerca de um gigawatt. Em 2023, os Estados Unidos tinham uma capacidade instalada de cerca de 1.189 gigawatts, de acordo com o Departamento de Energia, o que significa que as novas necessidades da OpenAI representam vários pontos percentuais da energia elétrica total de todo o país. Leia Também: Google Chrome vai reduzir número de notificações que recebe