advertisemen tO Governo da Noruega vai investir cerca de 278 milhões de meticais (4,4 milhões de dólares), nos próximos três anos, para fortalecer o sector da educação e os meios de subsistência, conservação e restauração do Parque Nacional de Gorongosa, na província de Sofala, Centro do País. De acordo com um comunicado, o acordo para o investimento foi rubricado recentemente entre o presidente da Fundação Carr, Greg Carr, e o embaixador da Noruega acreditado em Moçambique, Egil Thorsås. A parceria vai alavancar a educação, que continua o coração do Projecto de Restauração de Gorongosa (GRP, em inglês) e que engloba igualmente a educação, que tenciona ver as raparigas que antes corriam o risco de abandonar a escola cedo, “a encontrar espaços seguros para poderem estudar, ganhar confiança e aprender com mentores”.advertisement “Este acordo é uma prova do nosso compromisso comum com um futuro melhor para Gorongosa e o seu povo, e, através de contribuições como esta, podemos deixar o passado sombrio para trás e construir, pedra por pedra, um novo dia para cada moçambicano”, afirmou Carr. O apoio da Noruega não é apenas simbólico, mas também estratégico uma vez que reflecte as prioridades centrais da cooperação para o desenvolvimento da Noruega, como o fortalecimento da educação e da igualdade de género, o combate aos desafios climáticos e ambientais, e a criação de meios de subsistência sustentáveis que reduzam a pobreza. “As prioridades em Gorongosa tornam-se visíveis na rapariga que continua na escola, no agricultor que melhora a sua colheita e consegue apoiar melhor a família, bem como no jovem que encontra trabalho digno ligado à conservação. As jovens, já alcançaram oportunidades antes inimagináveis, e aquelas que regressam a Gorongosa tornam-se modelos poderosos para a próxima geração”, refere o documento. Na agricultura, quase mil cafeicultores no Monte Gorongosa estão a aprender a cultivar os seus pés de café sob árvores nativas de sombra, um método que proporciona colheitas mais fortes, ao mesmo tempo que restaura o solo, abriga aves e preserva a floresta da montanha. “Na zona tampão, mais de 4500 produtores de caju estão a revitalizar pomares antigos, com apoio previsto para chegar a 7500 nos próximos anos, e, árvores outrora negligenciadas estão a tornar-se fontes fiáveis de rendimento. Além de melhorar os rendimentos familiares, o GRP fortalece o orgulho no cuidado da terra e reduz as pressões que frequentemente conduzem ao uso insustentável das florestas frágeis”, acrescenta. A apicultura é um exemplo de fonte adicional de renda, e ajuda a tirar agricultores da pobreza. Novos meios de subsistência também estão a emergir da própria conservação, particularmente jovens carpinteiros que se unem em cooperativas, incluindo projectos-piloto de carvão sustentável que oferecem alternativas às práticas destrutivas, e formação em ecoturismo a abrir carreiras que antes estavam fora do alcance da juventude local. “Com o apoio da Noruega, essas oportunidades irão crescer, oferecendo a mais jovens as competências e ferramentas para construir futuros ligados à conservação, e no conjunto, esses esforços mostram que proteger a biodiversidade também pode oferecer trabalho digno e fortalecer os ecossistemas dos quais as comunidades dependem e prosperam”, refere a nota. A recuperação de Gorongosa, devastada pela guerra dos 16 anos, que culminou com a assinatura do Acordo Geral de Paz, a 4 de Outubro de 1992, há muito é descrita como uma “história de recuperação”. Fonte: Agência de Informação de Moçambique