Vendas da Temu e Shein afundam nos EUA em seguida aumento de preços em retaliação às tarifas – Negócio

As plataformas de artigos chineses perderam fôlego nos Estados Unidos na semana em que decidiram aumentar os preços para combater as tarifas de Donald Trump. As vendas da Temu e da Shein caíram a dois dígitos depois de um ajuste para ocultar os custos das elevadas taxas aplicadas pelos EUA ao conjunto asiático. 

A Shein registou uma quebra de 23% nas vendas nos EUA entre 25 de abril e 1 de maio, quando comparadas com os sete dias anteriores. Já as vendas da Temu recuaram 17% no mesmo período. 

Os dados foram recolhidos pela Bloomberg e mostram que as medidas comerciais recíprocas, em resposta a Trump, podem afetar a popularidade destas plataformas. 

Nascente declínio contrasta com a corrida que tinha sido sentida em março e no início de abril, antes do ajuste de preços. Com conhecimento dos aumentos, os consumidores americanos optaram por aglomerar produtos, de forma a evadir à escalada dos valores a remunerar.

Mas a queda no consumo não é injustificada. O preço médio dos 100 principais produtos de venustidade e de saúde da Shein mais do que duplicou em confrontação com 15 de abril, quando a Bloomberg começou a monitorizar os preços de centenas de produtos diariamente. O dispêndio médio dos produtos na categoria de brinquedos e jogos aumentou mais de 60%, os produtos para morada e cozinha subiram quase 40% e as roupas femininas ficaram 10% mais caras.

23%
Vendas

Os consumidores americanos quase fizeram um boicote às plataformas chinesas depois do aumento de preços. Só a Shein sofreu uma quebra de 23% nas vendas. 

Esta é a primeira reação direta dos consumidores americanos ao aumento de preços decorrente das novas tarifas, que servem para combater a ingressão desenfreada de produtos de inferior valor que estavam isentos de impostos, os chamados “minimis”. 

As tarifas americanas sobre as importações chinesas estão atualmente nos 145%, o que empurrou a crédito dos consumidores dos EUA para mínimos de quase cinco anos, isto num momento em que existem pressões do dispêndio de vida. 

Porém, há ainda o risco de novos aumentos para os consumidores americanos. O Walmart e a Target são dois exemplos de empresas que ainda não aumentaram os preços, e não há clarificação sobre essa possibilidade. Há, ainda assim, uma certeza: os fornecedores chineses recusam sugar o dispêndio das tarifas, o que alimenta a incerteza sobre quem paga a conta final, se os retalhistas ou os consumidores.

Impacto vai além dos preços

Dependendo fortemente da masmorra de fornecimento na China, a única solução encontrada por estas empresas foi direcionar o impacto diretamente nos americanos. 

No entanto, a quebra nas vendas não é o único impacto sentido por estas empresas chinesas. 

145%Tarifas

A Governo Trump aplicou tarifas de 145% às importações chinesas, o que levou as empresas a passarem esses custos para os consumidores americanos, levando a uma quebra nas vendas.

A Shein, por exemplo, está a ver o seu IPO perder vapor, ainda que a um ritmo lento, depois de várias mudanças estratégicas entre Novidade Iorque e Londres. A retalhista do dedo está agora a calcular o impacto que o aumento dos preços pode ter na sua ingressão em bolsa, ao mesmo tempo que aguarda aprovações do regulador. 

Já a Temu está a planear modificar o seu padrão de funcionamento, que se tem mostrado um sucesso – isto até aumentar os preços. Por forma a contornar o problema, a plataforma chinesa está a estudar a possibilidade de vender produtos de fornecedores americanos no mercado americano.

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