
Trump não prevê prolongar trégua tarifária depois de 9 de julho – Negócio
O presidente norte-americano, Donald Trump, disse neste domingo que não vê urgência de prolongar a trégua tarifária além de 9 de julho, acrescentando que prefere enviar uma epístola aos países a definir diretamente as tarifas que terão de remunerar. O director da Mansão Branca referia-se às chamadas “tarifas recíprocas” anunciadas a 2 de abril, naquele que apelidou de “dia da libertação”.
“Acho que não preciso de o fazer [prolongar a trégua]. Poderia, (…) mas o que quero fazer e o que vou fazer antes do dia 09 é enviar uma epístola a todos estes países”, disse em entrevista ao programa Sunday Morning Futures, da Fox News.
O líder republicano observou que não é viável falar com todos os países. “São 200. Não se pode falar com toda a gente. Não importa quantas pessoas se tenha, não se pode. Enviaremos uma epístola e diremos: ‘É isto que terão de fazer para comprar nos Estados Unidos’, porquê nos grandes armazéns”, disse Trump, sublinhando que Washington determinará a tarifa e que, se não for aceite, deseja “felicidade”, pois isso será o término do conciliação.
Desde que regressou ao poder, a 20 de janeiro, o Presidente norte-americano tem pressionado no sentido da implementação de tarifas globais, unicamente para as suspender parcialmente, dando tempo aos outros países para negociarem novos pactos comerciais com os Estados Unidos.
Durante esse período, já assinou acordos com a China e o Reino Uno e, esta semana, fechou as negociações com o Canadá, com efeitos imediatos, sobre as tarifas planeadas por aquele país sobre os serviços digitais das empresas tecnológicas norte-americanas.
Recorde-se que as “tarifas recíprocas” anunciadas a 2 de abril incidem sobre as importações de murado de 90 países. Aliás, Trump anunciou um imposto universal de 10% aplicado a todas as importações para os EUA – e, nalguns casos, essa tarifa é até superior.
As novas tarifas que Trump quer empregar são cumulativas. Assim, as importações dos EUA serão sujeitas à taxa universal de 10% e às tarifas recíproas específicas previstas para cada país.