
Tarifas de Trump afundam Europa, mas deixam Ásia ilesa –
Tarifas de Trump afundam Europa, mas deixam Ásia ilesa
As principais praças asiáticas arrancaram a semana com o pé recta, com a grande maioria dos índices da região a negociarem em território positivo, num dia em que a Europa aponta para um brecha no vermelho. No termo de semana, Donald Trump anunciou uma novidade leva de tarifas e a União Europeia foi uma das visadas, com o Presidente norte-americano a ameaçar taxas aduaneiras de 30% sobre as importações do conjunto de 27 países.
A missiva foi endereçada a Bruxelas quando ainda decorrem negociações entre as duas delegações, depois de diferido o prazo inicial de 9 de julho para 1 de agosto. O proclamação mereceu uma resposta da Presidente da Percentagem Europeia, Ursula von der Leyen, que apontou para o compromisso da UE de progredir nestas negociações para evitar os impactos que se antecipam nos mais variados setores de atividade – deixando de lado novas tarifas até, pelo menos, ao início de agosto.
“Os investidores não devem apostar que Trump está exclusivamente a fazer ‘bluff’ com estas tarifas. A taxa de 30% é punitiva, apesar de prejudicar mais os EUA do que propriamente a Europa”, explica Brian Jacobsen, economista-chefe da Annex Wealth Management, à Bloomberg. Já Michael Brown, da Pepperstone, discorda e acredita que oriente novo proclamação é só uma forma de “precipitar negociações, alcançando concessões mais significativas no pequeno prazo”.
Com os mercados de futuros europeus a anteciparem uma brecha em terreno negativo, as principais praças asiáticas conseguiram evadir ao pessimismo no Velho Continente. Pela China, o Hang Seng e o Shanghai Composite encerraram a sessão com ganhos moderados, ao avançarem 0,40% e 0,51%, respetivamente, num dia em que foi revelado que as exportações do país registaram uma potente aceleração em junho, à medida que os fabricantes aproveitaram a trégua de 90 dias na guerra mercantil com Washington para antecipar envios.
Já pelo Japão, o Topix subiu 0,12%, enquanto o Nikkei 225 caiu 0,30%, numa profundidade em que o país antecipa um prolongamento da inflação, depois de os preços alimentares terem depressa mais do que o previsto no início de maio. O Banco do Japão estará mesmo a considerar rever em subida as suas previsões de inflação, deixando um caminho atribulado para a política económica de uma das maiores economias asiáticas.