
Reestruturação da Teka pode afetar fábrica de Ílhavo – Indústria
A gigante chinesa Midea está a preparar a implementação de um plano de reestruturação nas operações ibéricas e o processo poderá afetar a fábrica de Ílhavo, no distrito de Aveiro, noticia esta terça-feira o jornal espanhol El Economista.
A unidade portuguesa produz exaustores, microondas, fornos de vapor e gavetas de aquecimento de pratos e conta com aproximadamente 260 trabalhadores.
O plano de reestruturação, indicam fontes conhecedoras do processo ao jornal, irá afetar sobretudo a fábrica da Teka em Santander, que produz principalmente lava-loiças. Além desta unidade industrial, a empresa tem a fábrica de Ílhavo e outra em Saragoça, especializada na produção de fornos.
Segundo estas fontes, “todos os electrodomésticos de marca branca –frigoríficos, máquinas de lavar loiça e máquinas de lavar roupa– já são importados da China ou da Turquia, onde a mão-de-obra é mais barata. É possível que com a entrada da Midea a produção seja ainda mais deslocalizada”. A fábrica de Santander será a mais vulnerável por ser a que contribui com menor valor acrescentado.
No entanto, as outras duas fábricas também poderão vir a ser afetadas pela reestruturação a implementar, advertem.
A gigante asiática já detém a fabricante alemã de robots Kuka e a fabricante italiana de aparelhos de ar condicionado Clivet.
O grupo alemão Teka está a alienar diversas unidades de negócio devido ao difícil momento financeiro que atravessa. Após a conclusão definitiva da divisão de eletrodomésticos à Midea, será também alienada a Thielmann Portinox, fabricante de barris de cerveja em aço inoxidável, à catalã Irestal. Também à venda está a Strohm, unidade para casas-de-banho do grupo.