
Petróleo recua sem acordos comerciais à vista – Mercados num minuto
Ásia dividida antes de dados laborais nos EUA. Tarifas de Trump poderão afetar trabalho
As bolsas asiáticas fecharam mais uma sessão com ganhos ligeiros, num momento em que os investidores parecem estar reticentes em fazer grandes compras antes de ser divulgado o relatório de trabalho nos Estados Unidos. Os analistas acreditam que as tarifas impostas pela Vivenda Branca nos últimos meses poderão estar a afetar o mercado laboral da maior economia do mundo. Os dados vão ajudar a Suplente Federalista a identificar o caminho a seguir para as taxas de renda.
Neste contexto, na China, o Shangai Composite registou ganhos de 0,2%, enquanto o Hang Seng, em Hong Kong, cedeu 0,6%. No Japão, o cenário é misto, com o Topix na risco d’chuva e o Nikkei a desabar 0,13%. Mais animada estava a rossio sul-coreana: o Kospi ganhou 1,23%.
“Os investidores estão, no universal, a adotar uma abordagem cautelosa e de ‘esperar para ver’ antes do relatório de trabalho a ser anunciado ainda hoje”, disse Tomo Kinoshita, estratega da Invesco Asset Management, em declarações à Bloomberg. Um número crescente de indicadores norte-americanos aponta para um potencial abrandecimento parcimonioso, acrescentou. Há mesmo quem diga que os dados devem mostrar a taxa de desemprego no nível mais saliente desde 2021, à medida que as mudanças nas políticas comerciais e de imigração na Governo Trump começam a deixar marcas.
Esta quarta-feira, o relatório da ADP Research mostrou que o trabalho nas empresas norte-americanas caiu pela primeira vez em mais de dois anos. Na sequência desses dados, os investidores aumentaram as apostas em pelo menos dois cortes das taxas de renda nascente ano, a primeira em setembro. Se o próximo relatório do mercado de trabalho mostrar ainda mais fraqueza, os investidores consideram que a Fed poderá apressar as descidas.
Na frente mercantil, o Vietname conseguiu chegar a concordância com os EUA. O Presidente norte-americano anunciou que os produtos oriundos do país asiático vão passar a remunerar tarifas de 20%, enquanto a maior economia de mundo deixa de remunerar qualquer taxa aduaneira nas exportações para o Vietname. Aliás, há ainda uma novidade taxa, de 40%, sobre todas as mercadorias que sejam objeto de transbordo através do país asiático. O concordância corre o risco de provocar medidas de retaliação por secção da China, segundo a Bloomberg Economics.
“Os investidores estão a permanecer dessensibilizados com as mudanças frequentes de rumo erráticas de Trump”, disse Vey-Sern Ling, do Union Bancaire Privee. “Até agora, a maior secção destes ‘acordos’ não tem grande significado e a sua eventual implementação continua incerta”, explicou.
O concordância animou a última sessão em Wall Street, levando o “benchmark” norte-americano a níveis recorde. O sentimento positivo deverá contaminar a Europa, com os futuros do Euro Stoxx 50 a subirem 0,2%.