
Montante de empréstimos para habitação dá maior salto desde 2008 em maio – Mercados
Os empréstimos para habitação cresceram 6,7% em maio, em termos homólogos, para 106.061 milhões de euros, atingindo a maior variação homóloga desde agosto de 2008, segundo dados divulgados esta segunda-feira pelo Banco de Portugal (BdP).
No final de maio, o ‘stock’ de empréstimos para a habitação – o conjunto dos créditos – totalizava mais 950 milhões de euros face a abril, refere a nota de informação estatística sobre empréstimos e depósitos bancários hoje divulgada.
Também o número de devedores de crédito à habitação cresceu em maio. Segundo os dados do banco médio, havia, no final de maio, 1.965.900 pessoas com créditos à habitação, mais 2.700 que em fevereiro, mas menos 2.000 que no mesmo mês do ano pretérito.
Para o conjunto dos empréstimos a particulares, a taxa de variação anual foi de 6,9%, para 137.249 milhões de euros, um valor que representa ainda uma subida de 1.182 milhões de euros face a abril.
Unicamente nos empréstimos ao consumo e outros fins, a subida em termos de taxa de variação anual foi semelhante à de abril (7,1%), alcançando os 31.188 milhões de euros.
Tanto no consumo, porquê nos outros fins as taxas de variação anual foram de 7,1%.
No final de maio, o crédito pessoal somava 12.921 milhões de euros, o crédito viatura 8.678 milhões de euros e os cartões de crédito 3.235 milhões de euros, que se traduziram em taxas de variação anuais de 7,3%, 10,1% e 7,5%, respetivamente.
Quanto ao ‘stock’ de crédito a empresas, no final de maio era de 73.114 milhões de euros, mais 617 milhões de euros do que em abril e um prolongamento de 2,7%, “o mais saliente desde junho de 2022″.
As microempresas, as pequenas empresas e as grandes empresas” mantiveram taxas de variação anual positivas (11,3%, 1,6% e 0,4% respetivamente), enquanto as médias empresas continuaram a ter uma taxa negativa (-2,8%)”, refere o BdP.
O crédito acelerou em todos os princípios agregados de setores de atividade, destacando-se a subida no transacção, transportes e alojamentos, cuja taxa de variação anual subiu de 0,3% em abril para 1,8%.
Na construção e atividades imobiliárias, o crédito acelerou de 5,3% para 6,3% e nas indústrias e eletricidade, apesar de se manter negativa, melhorou de -0,7% para -0,1%.