“Moçambique e Brasil Podem Liderar Transição Energética Entre os Países da CPLP”, Defende ALER • Diário Económico

a d v e r t i s e m e n t
A Associação Lusófona de Energias Renováveis (ALER) considerou nesta quinta-feira (24) que Moçambique pode, juntamente com o Brasil, liderar a estratégia de transição energética entre os países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), informou a Lusa.

“A estratégia de cooperação energética terá que ter alguns líderes e Moçambique, por exemplo, deve ou pode posicionar-se como um deles na estratégia de transição, de modo a passar essa informação aos outros países”, declarou, em Maputo, Sul do País, a presidente da ALER, Mayra Pereira.

A responsável falava à margem de uma mesa-redonda com o tema “Roteiro de Cooperação 2030 de Energia e Clima na CPLP”, evento paralelo à conferência empresarial sobre as energias renováveis, um dos maiores fóruns sobre energias limpas no País.

De acordo com Pereira, a nível da CPLP, Moçambique e Brasil são países que apresentam estratégias de transição energética robustas”, com algumas “vantagens competitivas”.

“Temos aqui uma grande vantagem, é que todos falamos português. Então, neste momento, o que estamos a tentar fazer é garantir que nas áreas que têm vantagem competitiva, por exemplo Moçambique e Brasil, tendo uma estratégia de transição energética robusta, nós podemos apoiar os nossos países irmãos a caminharem na mesma direcção”, destacou.

Mayra Pereira salientou ainda que alguns países de língua portuguesa não têm estratégias para a transição energética: “Se os PALOP tiverem acesso à informação que já foi produzida para Moçambique e para o Brasil, já têm uma boa base para perceber como construir a sua própria narrativa, no seu devido contexto.”

Por outro lado, segundo a representante, entre os países da CPLP que já possuem estratégias, persistem ainda desafios na sua implementação, com destaque para “barreiras a nível regulatório e de financiamento.”

Para implementação do roteiro na CPLP, a ALER prevê a necessidade de um financiamento total de cerca de 8 mil milhões de dólares até 2030

Para a fonte, aliado a estratégias individuais, o Roteiro de Cooperação, lançado em Março passado, também pode servir como espaço de diálogo para a identificação das necessidades de cada país.

No contexto sociopolítico actual, caracterizado por tensões político-sociais e fenómenos climáticos extremos, a presidente da ALER defendeu uma “visão mais alargada” e a busca por soluções conjuntas entre os países lusófonos. “Nós temos cenários geopolíticos muito diferentes. Temos de olhar e perceber como é que, por exemplo, a mobilização de fundos tem de ser feita a partir de agora, neste contexto novo”, acrescentou. 

O Roteiro de Cooperação 2030 de Energia e Clima na CPLP é um plano que visa identificar prioridades estratégicas comuns aos nove países da comunidade no âmbito da transição energética e resiliência climática.

Para implementação do roteiro na CPLP, a ALER prevê a necessidade de um financiamento total de cerca de 8 mil milhões de dólares até 2030.

Para o caso de Moçambique, segundo a Associação Moçambicana das Energias Renováveis (AMER), o país precisa de cerca de 80 mil milhões de dólares (mais de 5 biliões de meticais) para a estratégia de transição energética para fontes renováveis até 2050.

São Estados-membros da CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Equatorial, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

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