
Esfriamento do mercado de trabalho deixa Wall Street sem rumo – Mercados num minuto
Bolsas asiáticas não conseguem permanecer à tona depois Trump criticar o Japão
As ações asiáticas caíram esta quarta-feira, enquanto o dólar se mantém perto de mínimos de três anos e meio, à medida que os investidores ponderam a perspetiva de cortes nas taxas de juros dos EUA e a disputa por acordos comerciais antes do prazo de 9 de julho para a imposição de tarifas por secção de Donald Trump – data que o mesmo já negou procrastinar.
Os mercados, que antes oscilavam de forma “descontrolada” com os desenvolvimentos comerciais, parecem ver pouco risco, uma vez que os índices de ações pairam perto de máximos históricos. A calma surge pelas expetativas de que Trump irá, de facto, estender o prazo, com base no seu padrão de ameaças e recuos.
Ou por outra, os investidores parecem estar a evitar aditar mais apostas às carteiras antes dos dados do empreogo norte-americano relativos a junho, divulgados esta quinta-feira. Os estrategas dizem estar em modo “esperar para ver”. As estimativas apontam para um desenvolvimento da força de trabalho mais suave, para tapume de 110 milénio novos postos de trabalho, contra 139 milénio registados no mês anterior, de conformidade com os economistas consultados pela Bloomberg. A taxa de desemprego deverá subir para 4,3%.
“Se o relatório for mais frouxo do que o esperado, vejo hipóteses de um golpe nas taxas em julho a aumentar”, disse Tony Sycamore, da IG Australia. Para a Suplente Federalista, que aguarda por mais pistas sobre o potencial impacto das tarifas na inflação, qualquer deterioração no mercado de trabalho poderá levar a uma maior pressão sobre o banco medial para decrescer as taxas de lucro.
Na Ásia, o Japão não conseguiu permanecer à tona, já que Trump levantou dúvidas de que a Morada Branca possa chegar a conformidade com o país, ameaçando mesmo aumentar as tarifas impostas. Mesmo assim, Neil Newman, estratega da Astris Advisory, diz que os últimos comentários de Trump não são uma grande prenúncio para as ações japonesas. “Há sobejo na mesa de negociações japonesa para os americanos abandonarem, mas sabemos que Trump irá até ao limite para conseguir mais. Isto é unicamente soído”, explicou.
Assim, o Topix cedeu 0,11% e o Nikkei cau 0,53%. Na China, o Shangai Composite perdeu 0,06% e o Hang Seng, em Hong Kong, subiu quase 0,8%. Na Australia, o S&P/ASX ganhou 0,8. O índice MSCI para a Ásia-Pacífico caiu 0,13%, afastando-se do recorde de novembro de 2021 tocado na semana passada.
Pela Europa, que parece cada vez mais perto de chegar a conformidade com os EUA para política mercantil, os futuros apontam para uma introdução no verdejante, com o Euro Stoxx 50 a subir 0,5%.