EDM e Banco de Desenvolvimento Alemão Assinam Acordo de Mais de 500 Mil Dólares Para Desenvolvimento de Hidrogénio Verde no País

A Electricidade de Moçambique (EDM) e o Banco Alemão de Desenvolvimento (KfW) assinaram nesta sexta-feira, 28 de Março, um acordo de financiamento de 34,1 milhões de meticais (quase 540 mil dólares) para a realização de estudos sobre o potencial do hidrogénio verde no País.

O financiamento permitirá a contratação de especialistas para avaliar a viabilidade técnica e económica verde em Moçambique. O estudo identificará oportunidades para o sector da energia e analisará a possibilidade de exportar o recurso e os seus derivados.

Durante o evento, o director do KfW, Steffen Beitz, destacou a longa parceria entre ambas instituições: “A Alemanha é o terceiro maior parceiro no sector energético e temos uma excelente cooperação com a EDM há anos. Estamos satisfeitos com este novo projecto conjunto.”

Já o embaixador da Alemanha em Moçambique, Ronald Münch, salientou a importância do hidrogénio verde para a economia global e o desenvolvimento sustentável, afirmando: “A criação deste mercado traz oportunidades para as cadeias de valor locais, a geração de empregos qualificados e o fortalecimento tecnológico. Muitas empresas em todo o mundo precisam deste recurso, e Moçambique tem um enorme potencial para se tornar um fornecedor estratégico.”

Münch enfatizou que o estudo apoiado pela Alemanha ajudará Moçambique a definir a sua estratégia para o sector. “Esta pesquisa será fundamental para impulsionar a economia, promover a transição energética e abrir um novo mercado de exportação. A parceria reforça o compromisso com a inovação e a sustentabilidade”, anuiu.

Por sua vez, a directora regional de Energia, Marcelina Mataveia, sublinhou que o projecto está alinhado com a estratégia de transição energética de Moçambique. De acordo com a responsável, a EDM tem como meta alcançar o acesso universal à electricidade até 2030, priorizando fontes limpas e sustentáveis.

“Desde 2020, temos assistido a um crescimento significativo do número de novas ligações eléctricas. Inicialmente, ligávamos cerca de 100 mil a 150 mil famílias por ano. Actualmente, conseguimos chegar a mais de 500 mil novas famílias por ano. O nosso objectivo é manter esta tendência e garantir o acesso universal até 2030”

“O financiamento concedido permitirá a realização de estudos aprofundados para garantir a viabilidade do hidrogénio verde como fonte de energia e a sua inclusão noutros sectores económicos. Além disso, o objectivo é explorar a possibilidade de o exportar, maximizando os benefícios económicos para o País”, explicou Mataveia.

Já o presidente do Conselho de Administração (PCA) da EDM, Joaquim Ou-chim, sublinhou que a iniciativa se enquadra no programa Energia para Todos, que visa garantir electricidade a todos os moçambicanos até 2030. Segundo o PCA, o País tem feito progressos significativos neste domínio, aumentando consistentemente a taxa de acesso à energia.

“Desde 2020, temos assistido a um crescimento significativo do número de novas ligações eléctricas. Inicialmente, ligávamos cerca de 100 mil a 150 mil famílias por ano. Actualmente, conseguimos chegar a mais de 500 mil novas famílias por ano. O nosso objectivo é manter esta tendência e garantir o acesso universal até 2030”, detalhou.

Joaquim Ou-chim, PCA da EDM

Entretanto, quanto à utilização do financiamento concedido pela Alemanha, Ou-chim explicou que os fundos serão geridos através de um concurso internacional para seleccionar uma consultoria especializada. “Precisamos de um estudo de mercado detalhado para entender como o hidrogénio verde pode ser integrado na matriz energética nacional. A tecnologia é nova e requer um planeamento cuidadoso”, afirmou.

O representante ressaltou que a previsão é que o estudo dure entre seis e nove meses. Durante este período, os consultores vão realizar pesquisas de campo, recolher dados e formular recomendações para a implementação da tecnologia em Moçambique.

“A Alemanha tem uma vasta experiência no sector do hidrogénio verde e acreditamos que esta parceria será essencial para que o País adopte as melhores práticas. Moçambique tem recursos naturais abundantes, como a água, o sol e o vento, que são fundamentais para a produção deste combustível sustentável”, concluiu Ou-chim.

Texto: Germano Ndlovo

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