
Câmara de Lisboa contabiliza prejuízos da depressão Martinho no valor de 3,8 milhões – Autarquias
A passagem da depressão Martinho na cidade de Lisboa, entre 19 e 22 de março, provocou estragos no património municipal no valor de 3,8 milhões de euros, entre parques verdes e infraestruturas, revelou esta terça-feira o presidente da câmara.
Carlos Moedas (PSD) falava na reunião da Assembleia Municipal de Lisboa, no âmbito da apresentação do trabalho do executivo camarário entre fevereiro e março, tendo sido questionado pela deputada do PCP Natacha Amaro sobre a resposta da câmara à depressão Martinho.
“O valor do impacto para a cidade foi de 3,8 milhões de euros”, informou o autarca do PSD, sem adiantar detalhes sobre a avaliação dos prejuízos provocados pela intempérie, referindo apenas que houve “muitos estragos”, incluindo em parques verdes e infraestruturas do município.
Face à intempérie provocada pela depressão Martinho, em particular na noite de 19 para 20 de março, a Câmara de Lisboa, através do Serviço Municipal de Proteção Civil, ativou o Protocolo de Situações Excecionais e acionou o Centro de Coordenação Operacional Municipal (CCOM), para articulação entre todos os meios operacionais, forças de segurança e serviços municipais, “permitindo uma resposta célere e coordenada às diversas ocorrências”.
De acordo com a informação da câmara, “no CCOM foi possível monitorizar, integrar e avaliar a informação relativa à atividade operacional a nível municipal e garantir uma gestão mais eficaz e mais eficiente a mais de 1.000 ocorrências, assegurando uma resposta adequada e coordenada dos meios humanos e materiais”.
Em matéria de arvoredo, segundo o documento apresentado na assembleia, a depressão Martinho, com ventos muito fortes, “resultou na queda e/ou abate de aproximadamente 1.300 árvores por toda a cidade”, embora a contagem do número exato de perdas esteja em atualização.
Segundo o gabinete do presidente da câmara, contabilizam-se, para já, 1.700 árvores caídas na sequência da intempérie.
Além dos estragos nos espaços verdes, a cidade de Lisboa registou danos materiais em infraestruturas, incluindo escolas e cemitérios.
Em 26 de março, a vereadora das Obras Municipais, Filipa Roseta (PSD), revelou que “22 escolas foram afetadas”, com vidros partidos e telhas a voar, destacando a Escola Básica Nuno Gonçalves, na freguesia de Penha de França, e a Escola Básica e Secundária Luís António Verney, no Beato, onde se verificou “uma situação muito grave”.