
Alerta de Powell afunda ainda mais Wall Street. Nvidia tomba 7% – Bolsa
Jerome Powell fez soar os alarmes nos Estados Unidos. Wall Street voltou a mergulhar no vermelho e acentuou as perdas registadas na sessão desta terça-feira, depois de o presidente da Reserva Federal ter discursado esta tarde e ter admitido que as recentes políticas comerciais de Donald Trump poderão ser uma verdadeira barreira ao duplo mandato do banco central – o pleno emprego e a estabilidade da inflação em torno de 2%.
Assim, a Fed sublinha que não tem pressa para cortar as taxas de juro, o que agravou as perdas que já se registavam nos índices norte-americanos. No Clube Económico de Chicago, o número um da Fed sublinhou que o banco central deve garantir que as tarifas não desencadeiam um aumento mais persistente da inflação, alertando para a probabilidade de uma volatilidade contínua nos mercados financeiros.
A procura por ativos de risco continua, assim, em queda: 90% das ações do S&P 500 chegaram a estar no vermelho e o “benchmark” acabou por desvalorizar 2,24% para 5.275,74 pontos, o tecnológico Nasdaq Composite perdeu 3,07% para 16.307,16 pontos e o industrial Dow Jones cedeu 1,73% abaixo dos 40 mil pontos, para 39.669,39 pontos.
As empresas de semicondutores sofreram a maior queda em bolsa. Os EUA restringiram ainda mais as exportações de “chips” da Nvidia para a China e outros países, o que deve trazer para a empresa encargos de 5,5 mil milhões de dólares só no primeiro trimestre fiscal. A fabricante de semicondutores chegou a mergulhar mais de 9% na sessão desta tarde, mas acabou com perdas de 6,9%. Outras empresas do setor foram “de arrasto”: a Advanced Micro Devices caiu 7,5%, contagiada também pelos lucros da holandesa ASML, que não animaram o mercado.
A Tesla tombou mais de 6%, depois de ter dito que não está a vender grande parte dos carros elétricos produzidos na Califórnia.