Trump confronta presidente sul-africano e momento gera tensão

O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, negou, esta quarta-feira, na Moradia Branca a expropriação de agricultores brancos na África do Sul, uma vez que acusou Donald Trump.

“Não, não, não, não, ninguém pode tirar terras”, respondeu depois de o presidente norte-americano o ter réu, na Sala Oval da Moradia Branca, de “autorizar” expropriações de agricultores brancos no seu país.

Ramaphosa reiterou ainda que não há “genocídio africâner” no seu país, e pediu-lhe que ouvisse o povo da África do Sul para se livrar dessa teoria.O presidente sul-africano respondia às acusações do anfitrião, que antes afirmara que queria “explicações” de Ramaphosa sobre a situação dos agricultores brancos na África do Sul, que descreveu uma vez que vítimas de genocídio.

“Em universal, são os agricultores brancos que estão a fugir da África do Sul, e isso é uma coisa muito triste de se ver. Espero que possamos ter uma explicação sobre isso, porque sei que não querem isso”, disse Trump, com Ramaphosa sentado ao seu lado, na Sala Oval.

As autoridades sul-africanas reagiram com veemência à arguição de Trump sobre o alegado “genocídio”, feito há semanas, e Ramaphosa procurou reunir-se com Trump com o objectivo de esclarecer o ponto e salvar a relação do seu país com os Estados Unidos.As relações bilaterais estão no ponto mais grave desde que a África do Sul eliminou o seu sistema de segregação racial ‘apartheid’, em 1994.

Trump mostrou, esta quarta-feira, a Ramaphosa vídeos que visavam concordar as acusações norte-americanas de que os agricultores brancos sul-africanos são vítimas de “genocídio”.

O envolvente estava bastante relaxado na Sala Oval da Moradia Branca quando, de repente, o Presidente norte-americano pediu que as luzes fossem desligadas antes de serem exibidos os vídeos num ecrã.Num deles, Julius Malema, líder do partido de oposição de esquerda radical da África do Sul, que obteve 9,5% dos votos nas eleições do ano pretérito, canta ‘Kill the Boer’ (“Matem os Boers”), um hino herdado da luta contra o ‘apartheid’, o macróbio regime de minoria branca.

Os Boers são agricultores descendentes dos primeiros colonos europeus.

A melodia é condenada na África do Sul, nomeadamente pelo partido de centro-direita Coligação Democrática, membro da coligação no poder, que pede a sua proibição.Donald Trump e Cyril Ramaphosa, acompanhados pelos seus ministros e conselheiros, entre os quais Elon Musk, um coligado próximo do bilionário republicano, assistiram às imagens em subida voz, num envolvente de crescente tensão.

De seguida, foi transmitido um outro vídeo que mostrava dezenas de carros a acoitar, segundo Donald Trump, “famílias inteiras” de agricultores brancos que fugiam das suas terras.

“Foram mortos”, declarou Trump, reiterando assim as suas acusações de “genocídio” contra os agricultores brancos sul-africanos, depois de ter asilado no seu território, há alguns dias, africâneres designados uma vez que “refugiados”.

A conta solene da Moradia Branca na rede social X publicou um ’emoji’ de uma sirene e o título “Apresentado agora mesmo na Sala Oval: Prova de perseguição na África do Sul”, numa referência aos vídeos mostrados por Trump no encontro com Ramaphosa.A mensagem ocorreu quando a reunião de Trump com Ramaphosa ainda estava a transcurso. (RM NMinuto)

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