Sobe Para 11 Número de Mortos em Protestos na Investidura do Presidente da República • Diário Económico
a d v e r t i s e m e n ta d v e r t i s e m e n t
O número de mortos, em protestos de contestação dos resultados eleitorais, durante a tomada de posse do novo Presidente da República, Daniel Chapo, subiu para 11, indica uma actualização feita esta quinta-feira, 16 de Janeiro, pela plataforma eleitoral Decide.
Do total de mortes registadas na quarta-feira (15), seis ocorreram na cidade e província de Maputo, três em Nampula, um em Sofala e um em Inhambane, indicam dados enviados à Lusa pela organização não-governamental (ONG) Decide, que monitoriza os processos eleitorais no País.
Ainda na quarta-feira (15) foram baleadas 14 pessoas e detidas outras sete.
Desde que se iniciaram os protestos pós-eleitorais, no dia 21 de Outubro, com confrontos violentos entre a polícia e manifestantes, pelo menos 311 pessoas morreram, 630 foram baleadas e um total de 4236 detidas, segundo a plataforma eleitoral.
A polícia recorreu, na quarta-feira (15), a disparos e gás lacrimogéneo para desmobilizar manifestantes que contestavam, a cerca de 300 metros do local da investidura, a posse do Presidente da República, Daniel Chapo.
A capital do País esteve sob fortes medidas de segurança e já tinha havido outras intervenções da polícia para dispersar, com tiros, manifestantes em protesto que incendiaram pneus na estrada, à entrada do centro de Maputo, pouco antes da cerimónia de investidura.
Os manifestantes, organizados em diferentes grupos, gritavam ainda “Salve Moçambique” e entoavam o hino nacional, afirmando que pretendiam assistir à tomada de posse, mas foram impedidos pela polícia.
Daniel Chapo foi investido, na quarta-feira, como quinto Presidente da República de Moçambique, o primeiro nascido já depois da independência do País, numa cerimónia com cerca de 2500 convidados.
No dia 23 de Dezembro, Chapo, de 48 anos, foi proclamado pelo Conselho Constitucional (CC) como vencedor da eleição a Presidente da República, com 65,17% dos votos, nas eleições gerais de 9 de Outubro, que incluíram legislativas e para assembleias provinciais.
O candidato presidencial Venâncio Mondlane, que não reconhece os resultados eleitorais, convocou três dias de paralisação e manifestações, desde segunda-feira (13), contestando a tomada de posse dos deputados eleitos à Assembleia da República e a investidura do novo Presidente da República.
