Rússia é ameaça para UE

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, revelou que a reunião extraordinária que marcou para o próximo dia 6 de março tem como primeiro objetivo “reforçar a Ucrânia”, para que esteja numa “posição de força para qualquer cenário”, e preparar a União Europeia (UE) “para o que possa acontecer a seguir”.
 
“Queremos garantir que, quando esta guerra acabar, não voltamos a ter uma guerra. Existir uma aliança que ajude a Ucrânia a garantir a paz duradoura e tenha força suficiente de dissuasão da Rússia para ataque. É por isso que marquei um Conselho Europeu extraordinário, para nos prepararmos para um eventual – mas desejável – acordo de paz que possa existir e sabermos como é que nos podemos apoiar para reforço das capacidades de defesa do conjunto de países da UE”, explicou Costa, em Kyiv, em declarações aos jornalistas portugueses na Cimeira Internacional de Apoio à Ucrânia.
O português não tem dúvidas de que a “Rússia é uma ameaça em toda a fronteira leste da União Europeia” e, por isso, espera que as “negociações entre a Rússia e os Estados Unidos sejam frutuosas” e conduzam a uma “paz duradoura”.
“A Rússia não é só uma ameaça na Ucrânia. Domina a Bielorrússia, que tem uma larga fronteira com a Polónia e tem uma presença militar na Moldávia e Geórgia. Queremos garantir a segurança duradoura na Europa. A Rússia foi, passo a passo, pondo em causa a segurança na Europa. Quiseram dominar a Ucrânia e falharam, mas nunca desistiram”, afirmou o presidente do Conselho Europeu.
Para Costa, a União Europeia tem de estar envolvida neste processo porque “tem a ver também com a adesão da Ucrânia à UE”.
O presidente do Conselho Europeu sublinhou que a ambição dos G7 é que a “paz chegue assim que possível”, mas essa paz deve ser “compreensível, justa, duradoura” e não um “prémio ao infrator”.
“Não só um pequeno cessar-fogo que dê oportunidade à Rússia de se fortalecer para voltar a contra-atacar. É muito importante que todos trabalhemos nesse sentido. A pressão de Trump para forçar a Rússia a negociar é importante”, acrescentou.
A cimeira internacional de Kyiv assinala os três anos da invasão russa, com a presença de 13 líderes estrangeiros na capital ucraniana e com outros 24 remotamente, para discutir novas medidas para pôr fim à guerra e abordar possíveis garantias de segurança para a Ucrânia quando o conflito terminar.
O presidente ucraniano indicou domingo estar a trabalhar na organização de outra cimeira, numa capital europeia não especificada, para discutir garantias de segurança que possam ser oferecidas à Ucrânia para evitar um novo ataque russo quando a guerra terminar.
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e militar dos aliados ocidentais.
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