a d v e r t i s e m e n tPela primeira vez, os 22 bilionários africanos acumularam uma riqueza combinada de mais de 100 milénio milhões de dólares, de pacto com a última lista da revista Forbes, divulgada recentemente. Nascente valor representa um aumento de 27% em relação aos 82,4 milénio milhões registados em 2024 e sublinha o incremento da riqueza no continente, apesar das flutuações cambiais, da instabilidade política e dos desafios estruturais.

O magnata nigeriano Aliko Dangote lidera o grupo com uma riqueza de 23,9 milénio milhões de dólares, impulsionada pela Dangote Cement, o maior produtor de cimento de África, e pelo seu projecto de refinaria de petróleo. A África do Sul lidera o número de bilionários, com sete representantes, seguida da Nigéria e do Egipto, com quatro cada. Marrocos tem dois e a Argélia, a Tanzânia e o Zimbabué um cada.

Mercados voláteis e volta à lista

Apesar do aumento da riqueza, o continente continua a reflectir grandes contrastes económicos. A introdução da novidade moeda do Zimbabué, o Zimbabwe Gold – uma moeda lastreada em ouro criada para combater a hiperinflação – fez com que a riqueza do empresário de telecomunicações Strive Masiyiwa caísse 33%, para 1,2 milénio milhões de dólares. Por outro lado, a valorização das bolsas mundiais, que subiram 22% até Fevereiro de 2025, beneficiou a maioria dos bilionários africanos.

Dois nomes antigos regressaram à lista: o marroquino Anas Sefrioui, cuja empresa imobiliária Douja Promotion Groupe Addoha duplicou o seu valor, e a sul-africana Jannie Mouton, que beneficiou de um aumento de 59% na Capitec Bank Holdings.

Outros bilionários notáveis são Johann Rupert (14 milénio milhões), que continua a lucrar com o sector do luxo através da Richemont; Nicky Oppenheimer (10,4 milénio milhões), com ligações ao sector dos diamantes; e Nassef Sawiris (9,6 milénio milhões), que beneficia da construção e da sua participação na Adidas. Femi Otedola regressou com 1,1 milénio milhões, graças à ingressão na bolsa da Geregu Power, uma empresa de virilidade na Nigéria.

Impacto social e horizonte poupado

A diversificação tem sido principal para preservar o património. Mike Adenuga (6,8 milénio milhões) e Abdulsamad Rabiu (5,1 milénio milhões), ambos da Nigéria, destacam-se nos sectores das telecomunicações e do cimento. Os egípcios Naguib Sawiris (5 milénio milhões) e Mohamed Mansour (3,4 milénio milhões) estão a expandir-se nos meios de notícia social e na indústria carro. Koos Bekker, da África do Sul, com 3,4 milénio milhões, reforça o papel da tecnologia com participações na Naspers e na Tencent.

Apesar da geração de trabalho – porquê no caso da refinaria Dangote -, os economistas questionam se esta concentração de riqueza gera um incremento inclusivo. A elevada desigualdade na África do Sul, por exemplo, com seis bilionários, reacende o debate sobre a redistribuição e as reformas fiscais.

Os analistas sublinharam que os bilionários de 2025 representam o potencial poupado de África, mas que subsistem desafios porquê infra-estruturas frágeis, instabilidade política e volatilidade da moeda. Defenderam também as políticas de suporte às pequenas e médias empresas e de reforço do negócio regional, com destaque para a Zona de Transacção Livre Continental Africana (ZCLCA).

A escassez de mulheres bilionárias desde a saída de Isabel dos Santos em 2021 também levanta preocupações sobre a desigualdade de género, destacaram os especialistas, defendendo que a promoção do empreendedorismo feminino é uma das estratégias para variar a escol financeira de África.

Nascente: Further Africa

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