
Reino Dos Países Baixos Quer “Reforçar Cooperação” Com Novo Governo • Diário Económico
a d v e r t i s e m e n ta d v e r t i s e m e n t
O primeiro-ministro do Reino dos Países Baixos, Dick Schoof, endereçou uma mensagem de felicitação a Daniel Chapo, que foi, na quarta-feira (15), investido como o quinto Presidente de Moçambique. No documento, o governante descreve a importância da amizade existente entre os dois países e reitera a necessidade do “reforço da cooperação”.
Segundo Schoof, os Países Baixos “valorizam” a cooperação construtiva com o País, mostrando confiança que o bom relacionamento continue a desenvolver-se durante a governação do Presidente Chapo, com benefícios e prosperidade para ambos os povos.
“Os laços entre Moçambique e os Países Baixos são fortes e abrangentes, a nossa colaboração em matéria de água e agricultura será, sem dúvida, um importante trampolim na promoção do desenvolvimento sustentável e, como tal, permanece no topo da nossa agenda bilateral. Além disso, esperamos celebrar este ano 50 anos de relações bilaterais”, sublinhou.
Desde a sua investidura, uma cerimónia que contou com a presença de 33 delegações estrangeiras, incluindo vários dignitários, Chapo, tem estado a receber mensagens de felicitações e apoio para a restauração da paz em Moçambique.
Chapo foi governador da província de Inhambane quando, em Maio de 2024, foi escolhido pelo Comité Central para ser candidato do partido no poder à sucessão de Filipe Nyusi, que cumpriu dois mandatos como Presidente da República.
Em 23 de Dezembro, Chapo, de 48 anos, foi proclamado pelo Conselho Constitucional (CC) como vencedor da eleição a Presidente da República, com 65,17% dos votos. Formado em Direito pela Universidade Eduardo Mondlane, em 2000, o novo chefe do Estado de Moçambique nasceu em Inhaminga, província de Sofala, centro do País, a 6 de Janeiro de 1977, sendo, por isso, o primeiro Presidente nascido já depois da independência (1975).
A eleição de Daniel Chapo tem sido contestada nas ruas desde outubro, com manifestantes pró-Mondlane – que segundo o CC obteve apenas 24% dos votos, mas que reclama vitória – a exigirem a “reposição da verdade eleitoral”, com barricadas, pilhagens e confrontos com a polícia, que já provocaram 300 mortos e mais de 600 pessoas feridas a tiro, segundo organizações da sociedade civil que acompanham o processo.