
Quatro Países da CPLP Enfrentam Potenciais Restrições de Viagens Para os EUA • Diário Económico
Angola, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Guiné Equatorial são alguns dos 43 países cujos cidadãos podem vir a enfrentar restrições à entrada nos Estados Unidos da América (EUA). Segundo avançou neste sábado (15) o New York Times (NYT), uma lista com 43 países está a circular à volta da administração de Donald Trump e enumera três níveis de nações cujos cidadãos podem enfrentar proibições ou restrições nas viagens ao país.
De acordo com o jornal norte-americano, os quatro países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) surgem no grupo de nações às quais poderá ser dado um prazo de 60 dias para corrigirem deficiências detectadas, sob pena de sofrerem restrições mais pesadas.
Os “funcionários familiarizados com o assunto”, citados pelo NYT, explicaram que a lista foi desenvolvida pelo Departamento de Estado há várias semanas, e que é provável que sofra alterações quando chegar à Casa Branca.
“Desenvolvido por funcionários diplomáticos e de segurança, o projecto inclui uma lista vermelha com 11 países cujos cidadãos serão, provavelmente, proibidos de entrar nos EUA. Tratam-se do Afeganistão, Butão, Cuba, Irão, Líbia, Coreia do Norte, Somália, Sudão, Síria, Venezuela e Iémen.”
O projecto de proposta inclui também uma lista “laranja” de dez países para os quais as viagens serão restringidas, mas não cortadas. Nesses casos, os viajantes de negócios abastados devem ser autorizados a entrar, mas não as pessoas que viajam com vistos de imigrante ou de turista.
Os cidadãos incluídos nessa lista serão também sujeitos a entrevistas presenciais obrigatórias para obterem um visto. A lista inclui a Bielorrússia, Eritreia, Haiti, Laos, Myanmar, Paquistão, Rússia, Serra Leoa, Sudão do Sul e Turquemenistão.
A proposta inclui ainda um projecto de lista “amarela” de 22 países, aos quais será dado um prazo de 60 dias para corrigirem as deficiências detectadas, com a ameaça de serem transferidos para uma das outras listas, caso não cumpram.
Conforme o NYT, os funcionários das embaixadas e dos gabinetes regionais do Departamento de Estado, bem como os especialistas em segurança de outros departamentos e agências de informação, têm estado a analisar o projecto.
Quando assumiu o cargo, a 20 de Janeiro, Donald Trump emitiu uma ordem executiva exigindo que o Departamento de Estado identificasse os países “para os quais as informações de verificação e triagem são tão deficientes que justificam uma suspensão parcial ou total da admissão de nacionais desses países.”
O Presidente deu ao departamento 60 dias para concluir um relatório para a Casa Branca com essa lista, o que significa que esta deverá ser entregue na próxima semana.