Quase 50 Países Devem Mais de 42 MM$ ao FMI, Mas há Três Que se Destacam Por Nunca Terem Pedido Empréstimos • Diário Económico
a d v e r t i s e m e n tO Fundo Monetário Internacional (FMI), desde a sua criação em 1952, tem sido uma peça-chave para a estabilização económica mundial, fornecendo assistência financeira durante crises. No continente africano, 48 países devem actualmente ao FMI aproximadamente 42,2 mil milhões de dólares. No entanto, três nações africanas não precisaram de recorrer a esse tipo de ajuda financeira: Botsuana, Líbia e Eritreia.
Segundo uma publicação do Further Africa, Botsuana é um exemplo notável de independência financeira. O país tem uma economia robusta, sustentada pela gestão inteligente dos seus recursos naturais, principalmente os diamantes. Graças a uma governação transparente e políticas fiscais sólidas, o país manteve um crescimento económico consistente e previsível. A previsão é que o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresça 3,6% este ano.
A Líbia, apesar da instabilidade política que tem enfrentado nos últimos anos, também se destaca por nunca ter procurado empréstimos junto ao FMI. O país tem conseguido manter a sua estabilidade económica com o apoio das vastas reservas de petróleo, que representam mais de 95% das suas exportações. Isso permitiu à nação sustentar uma economia forte sem recorrer ao apoio financeiro externo.
A Eritreia, por sua vez, segue uma política de auto-suficiência, evitando a dependência de empréstimos do FMI ou de outras instituições financeiras internacionais. Embora o país enfrente desafios económicos, continua a apostar numa gestão económica independente, baseada nas receitas internas e em parcerias bilaterais, reforçando o seu compromisso com a soberania financeira.
Embora a maioria dos países africanos dependa de ajuda externa, o Botsuana, a Líbia e a Eritreia mostram que é possível alcançar estabilidade financeira a longo prazo com estratégias económicas bem definidas. A gestão eficiente dos recursos naturais e a disciplina fiscal são elementos-chave para que esses países mantenham a sua independência financeira.
Desde 1952, o FMI já concedeu 1529 empréstimos, dos quais 40% (608 empréstimos) destinaram-se a países africanos, o que revela uma grande dependência de assistência financeira externa em África, contrastando com os exemplos de Botsuana, Líbia e Eritreia, que conseguiram evitar esse recurso.
