
Parlamento sul-africano: Quatro partidos chumbam proposta de orçamento do Ministério do Ensino Superior
Pelo menos quatro partidos sul-africanos chumbaram a proposta de orçamento do Ministério do Ensino Superior, esta terça-feira apresentada no Parecer Vernáculo de Provincias, a Câmara Subida do parlamento sul-africano.
Trata-se da Confederação Democrática, Combatentes da Liberdade Económica, Umkhonto We Sizwe e FF Plus.
A maioria dos argumentos para a repudiação da proposta são apontadas á pessoa da Ministra Nobuhle Nkabane, a quem atribuem as qualificações de má líder e incapaz de atender as necessidades dos estudantes.
Na proposta apresentada, a Ministra Nkabane até apresentou um quadro optimista do sector de ensino superior, com promessas de reformas nas faculdades de formação e o aumento do financiamento para as Universidades e para o Projecto de Auxílio Financeiro a Estudantes.
Há muita pressão para que o Presidente Cyri Ramaphosa demita a Nobuhle Nkabane, até porque, na manhã desta terça-feira, a Confederação Democrática apresentou uma queixa-crime contra a Ministra, alegando que ela mentiu no parlamento.
A Ministra do Ensino Superior rebateu os partidos políticos que chumbaram a proposta de orçamento deste sector, alegando que está-se a particularizar um debate sobre necessidades colectivas:
“É uma pena que infelizmente hoje estejamos a testemunhar alguns dos ilustres membros do parlamento a não admitir usar esta proposta de orçamento. Os que que estão a rejeitar o orçamento estão a rejeitar a transformação do sector de instrução e treinamento pós-escolar na África do Sul. Eles não estão a rejeitar o orçamento de Nubuhle Nkabane. Nascente não é o orçamento de Nobuhle Nkabane. É o orçamento do povo da África do Sul. Sabe, acho que se irritam muito ao ver uma jovem a liderar um ministério tão grande. É misoginia. Eu entendo. Eu sei que é de onde vem. E, logo, quando se trata de uma mulher negra, torna-se irritante”, disse.
De referir que a Confederação Democrática também prometeu rejeitar o orçamento do sector dos Assentamentos Humanos, dirigido pela Ministra Thembi Simelani, supostamente ligada a usurpação de um banco sul-africano.
A última termo, em torno da proposta do orçamento, cabe a Câmara baixa do parlamento sul-africano. (RM Johannesburg)