ONG Sul-Africana Apela a Acção “Mais Forte” Contra a Travessia Ilegal da Fronteira • Diário Económico
a d v e r t i s e m e n ta d v e r t i s e m e n t
A organização não-governamental sul-africana AfriForum apelou à Autoridade de Gestão de Fronteiras (BMA) e às agências de aplicação da lei para que reforcem os esforços de combate à passagem ilegal de imigrantes de Moçambique para a África do Sul.
“Os recentes distúrbios em Moçambique obrigaram milhares de pessoas a fugir das suas casas, criando uma vaga de refugiados que entram em países vizinhos como Maláui e Essuatíni. No entanto, o número exacto de moçambicanos que passam para a África do Sul continua a não ser claro, levantando sérias preocupações sobre a segurança das fronteiras e a eficácia das medidas actuais”, afirmou a organização em comunicado.
A crise no País, impulsionada pela violência pós-eleitoral, resultou em deslocações generalizadas e no aumento das necessidades humanitárias.
“Em Dezembro, os funcionários da BMA no porto de entrada de Lebombo interceptaram um mini-táxi que transportava 14 crianças sem documentos, com idades entre os 4 e os 14 anos, provenientes de Moçambique”, refere a BMA, observando que tais incidentes realçam os riscos contínuos colocados pelas redes criminosas que exploram o caos actual.
“Temos de garantir que as pessoas que procuram asilo o fazem através de processos correctos e legais, uma vez que criminosos como os passadores e os traficantes de seres humanos estão a explorar a crise, e isso não pode ser permitido”, salientou o porta-voz principal do AfriForum para a segurança da comunidade, Jacques Broodryk.
O responsável sublinhou que a África do Sul deve adoptar uma abordagem multifacetada para fazer face à crise, incluindo o reforço da segurança em todos os portos de entrada e ao longo das zonas fronteiriças porosas. “Temos de manter o reforço da cooperação com os países vizinhos para combater o tráfico transfronteiriço e as travessias ilegais, bem como colaborar com as estruturas de segurança da comunidade para monitorizar e patrulhar eficazmente as zonas de alto risco”, disse.
