“Estado Regista Perdas de Mais de 650 M$ Devido Aos Protestos” – Ministra das Finanças • Diário Económico

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A nova ministra das Finanças, Carla Louveira, no seu primeiro contacto com a comunicação social, avaliou em 42 mil milhões de meticais (cerca de 657 milhões de dólares) os prejuízos para o Estado resultantes dos distúrbios e motins do ano passado.

Segundo um artigo tornado público esta segunda-feira, 20 de Janeiro, pela Agência de Informação de Moçambique, os tumultos tiveram origem nos resultados das eleições gerais anunciados pelo Conselho Constitucional (CC) no dia 23 de Dezembro.a d v e r t i s e m e n t

O ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane apelou a manifestações pacíficas contra os resultados, mas a agitação rapidamente degenerou em destruição e pilhagens.

Falando aos jornalistas pouco depois de ter tomado posse no sábado (18), Louveira disse que os cálculos finais da colecta fiscal de 2024 ainda estavam a ser feitos, mas as indicações iniciais eram de danos no valor de 42 mil milhões de meticais.

“Estas perdas não podem ser todas resultantes da crise pós-eleitoral. De facto, o pior mês em termos de tumultos, Dezembro, registou danos de 14 mil milhões de meticais”, disse a governante.

Os números apontado pela ministra só cobrem os prejuízos do Estado. As perdas sofridas pelas empresas privadas, algumas das quais completamente destruídas, foram muito mais elevadas.

“Um desafio que temos prende-se com a necessidade de reestruturar o pagamento da dívida pública, comprometida pela destruição generalizada do património público e privado e pelo défice de cobrança de impostos. Isto torna crucial a criação de novas linhas de financiamento apenas para pagar as despesas correntes necessárias ao funcionamento do Estado”, acrescentou Carla Louveira..

Mais de 300 pessoas morreram e acima de 600 foram baleadas nas manifestações pós-eleitorais desde o dia 21 de Outubro, convocadas por Venâncio Mondlane (que não reconhece os resultados, alegando “fraude eleitoral”), as quais degeneraram em violência e destruição de infra-estruturas públicas e privadas.

O Conselho Constitucional proclamou no dia 23 de Dezembro Daniel Chapo, candidato apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder), vencedor da eleição presidencial, com 65,17% dos votos, bem como a vitória do seu partido, que manteve a maioria parlamentar nas eleições gerais de 9 de Outubro.

Este anúncio provocou o caos, barricadas, pilhagens e confrontos com a polícia em todo o País.

Na semana passada, Mondlane exigiu que o Governo adoptasse as 24 medidas que anunciou para os próximos três meses, ameaçando retomar as manifestações e os protestos nas ruas “de forma mais intensa”, caso não sejam implementadas.

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