ESTABILIZAÇÃO DO PAÍS: Chefe do Estado reafirma compromisso com diálogo

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IVETE SITOE

O PRESIDENTE da República, Daniel Chapo, reafirma a sua abertura para a continuidade do diálogo político com vista ao restabelecimento, a breve trecho, da paz e estabilidade no país.

Este compromisso foi expresso ontem, em Maputo, no decurso do culto inter-religioso de arrependimento e reconciliação nacional, organizado pelo Conselho Cristão de Moçambique.

Na ocasião, Chapo destacou que é importante consolidar a coesão e unidade por entender que são alicerces para o desenvolvimento. “Conseguimos conquistar a independência nacional e paz graças à unidade nacional”.

Reiterou o compromisso de trabalhar com os diversos segmentos sociais na busca de consensos que ponham fim ao impasse político que se vive no país, depois das eleições de 9 de Outubro do ano passado.

“Vamos continuar a trabalhar com os líderes religiosos, bem como com toda a sociedade para, em conjunto, acelerarmos a estabilidade e, por fim, trabalharmos em prol do desenvolvimento”, anotou o Presidente Chapo, agradecendo o cometimento das lideranças religiosas na prossecução da paz.

Numa intervenção apelativa, Daniel Chapo referiu igualmente que, em política, particularmente, em democracia, não há inimigos, mas adversários que advogam ideias diferentes. Neste sentido, terminada a contenda eleitoral, é chegado o momento de trabalharmos juntos para o desenvolvimento socioeconómico, sendo o perdão e a reconciliação os pontos de partida para o efeito.

“Precisamos dos nossos líderes religiosos, e de todos, unidos, do Rovuma ao Maputo, para alcançarmos a paz, estabilidade económica, política e social e a reconciliação nacional do país porque não há desenvolvimento sem paz”, disse.

Com efeito, nas suas orações, os líderes religiosos intercederam pelo país, pedindo que a paz, unidade e reconciliação nacional se restabeleçam e sejam perpétuas, e que as lideranças políticas, principalmente, o Chefe do Estado, conduzam Moçambique e o seu povo para o progresso e prosperidade.

O Arcebispo de Maputo, Dom João Carlos, entende que, mais do que pensar nas soluções, é importante reflectir sobre as causas dos conflitos no país, por forma a encontrar a chave da reconciliação.

Por seu turno, o Sheik Aminuddin Muhammad, em representação da comunidade muçulmana, espera que Daniel Chapo trabalhe para a resolução dos vários males sociais que afligem a população, com destaque para os raptos e o terrorismo.

Já o Bispo Rodrigues Dambo, do Conselho Cristão de Moçambique, defende que o diálogo deve ser um exercício contínuo, não só entre os decisores, mas também entre todos os moçambicanos nos diversos segmentos sociais.