Conflito na RDCongo corre risco de se transformar numa guerra regional

O Presidente do Burundi advertiu, este sábado, na plataforma de partilha de vídeos YouTube, que o conflito na vizinha República Democrática do Congo (RDCongo) corre o risco de se transformar numa guerra regional.

“Se o leste da RDCongo não tiver paz, a região não terá paz”, avisou Evariste Ndayishimiye.”Não é só o Burundi. A Tanzânia, o Uganda, o Quénia, é toda a região. É uma ameaça”, continuou, antes de acrescentar que o seu país não se vai ‘deixar ameaçar’.

Também este sábado, o Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, prometeu “apoiar os esforços” da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC, sigla em inglês) para a pacificação na RDCongo.”O posicionamento de Moçambique foi no sentido de continuar a apoiar esforços que estão sendo feitos principalmente por Angola, que é o mediador do conflito, através da União Africana [UA]”, disse Chapo, após a cimeira extraordinária da SADC realizada na sexta-feira em Harare, Zimbabwe.

No entanto, Chapo indicou que Moçambique não vai juntar as suas tropas à missão da SADC que combate na RDCongo, indicando que a mesma continuará sendo integrada por tropas da África do Sul, da Tanzânia e do Malawi.Governo da RDCongo regista 773 mortos devido a combates no leste

O Governo da República Democrática do Congo disse que pelo menos 773 pessoas morreram e quase 2.900 ficaram feridas em cinco dias de confrontos com rebeldes apoiados pelo Ruanda, no leste do país.

Desde 26 de Janeiro e “até 30 de Janeiro de 2025, foram registados 773 mortos e 2.880 feridos nas unidades de saúde”, disse, no sábado à noite, o porta-voz do Governo e ministro da Comunicação.Pouco depois, também, na rede social X, Patrick Muyaya descreveu como “carnificina” as acções levadas a cabo pelo “exército ruandês em Goma”, capital da província de Kivu Norte.

Os rebeldes do Movimento 23 de Março (M23) e as tropas ruandesas entraram em Goma há uma semana e avançaram nos últimos dias para a província vizinha de Kivu Sul, constituindo uma possível ameaça para a capital regional, Bukavu.”Nenhum destes crimes ficará impune!”, prometeu Muyaya.Pelo menos 700 pessoas morreram e 2.800 ficaram feridas nos combates pelo controlo de Goma entre domingo e quinta-feira, divulgou na sexta-feira um porta-voz da ONU.

No conflito que assola o leste do país, há mais de três anos e que se acelerou nas últimas semanas, a RDCongo acusa o Ruanda de querer pilhar os recursos naturais da região.O Ruanda nega a acusação e afirma que pretende erradicar os grupos armados criados pelos ex-líderes hutus do genocídio dos tutsis no Ruanda em 1994.(RM/NMinuto)

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