
Confederação Democrática dá ultimato ao Presidente sul-africano para distanciar ministros supostamente acusados de irregularidades
A Confederação Democrática deu 48 horas ao Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, para remover, do Governo de Unidade Vernáculo, Ministros supostamente acusados de irregularidades.
Oriente posicionamento terá sido tomado pelo Juízo Federalista da Confederação Democrática depois Cyril Ramaphosa ter exonerado, esta quinta-feira, o vice-ministro do Negócio, Indústria e Concorrência, Andrew Whitfield.
A presidência sul-africana não deu explicações sobre as razões desta destituição, limitando-se a proferir que Ramaphosa o fez no uso das competências que a Constituição lhe confere.
Nos bastidores especula-se que Andrew Whitfield tenha sido sacrificado, alegadamente, por ter feito uma viagem não autorizada aos Estados Unidos da América.
O líder da Confederação Democrática, John Steenhuiusen, disse que Whitfield foi deposto por fazer questionamentos incômodos, sobre supostos escândalos no Ministério do Negócio, Indústria e Concorrência.
Ele critica Cyril Ramaphosa por supostamente fazer uso do ditado “dois pesos, duas medidas”:
“Por isso, demos ao Presidente 48 horas para agir de maneira semelhante contra os outros membros de seu partido que são culpados ou enfrentam acusações graves ou que são mencionadas no relatório da Percentagem de interrogatório Zondo, para prometer que sejam responsabilizados. Se o presidente quiser limpar o governo, gostaríamos de sugerir que ele comece por varrer a própria porta do ANC antes de limpar a porta da Confederação Democratica. Há tantos outros Ministros e Vice-Ministros que estão no governo e são pessoas que foram implicadas na Percentagem de Questionário de Zondo. São pessoas que são acusadas de fraude grave e que se beneficiaram do saque ao banco VBS. Porquê é que todas essas pessoas mantêm os seus postos, mas Andrew Whitfield perde o dele?”, questionou.
De referir que o porta-voz da presidência, Vincent Magwenya, deixou evidente que Ramaphosa não pretende, nos próximos tempos, fazer mexidas no governo de unidade vernáculo. (RM Johannesburg)