
Comunidade Sant´Egidio Disponível Para Apoiar Manutenção da Paz • Diário Económico
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A Comunidade do Sant´Egidio, um movimento internacional de leigos, baseado na oração, solidariedade, ecumenismo e diálogo, fez saber que está disponível para apoiar o processo de paz e harmonia social em prol da manutenção da estabilidade em Moçambique.
Falando após um encontro em Maputo com o Presidente da República, Daniel Chapo, a representante da entidade no País, Maria Chiara Turrini, explicou que os protestos dificultam as actividades da organização, pois não facilitam o acesso às populações desfavorecidas que necessitam de ajuda.
“Desde sempre que a Comunidade de Sant´Egidio trabalhou pela paz e em prol da população. Como tal, queremos continuar. Às vezes os tempos são melhores, outras vezes são mais difíceis, mas continuamos a trabalhar para o bem da população, sobretudo das pessoas vulneráveis”, elucidou.
Turrini explicou que, na reunião com o chefe do Estado, foi apresentado o relatório sobre os trabalhos desenvolvidos em Moçambique nos últimos anos, destacando que, actualmente, contam com 11 centros de saúde no âmbito do projecto “Dream”.
Sant’Egidio é uma comunidade cristã nascida em Roma em 1968, logo após o Concílio Vaticano II. Ao longo dos anos tornou-se uma rede de comunidades que, em mais de 70 países, focando-se nas periferias e nos “periféricos”, reúne homens e mulheres de todas as idades e condições, unidos por um laço de fraternidade, pela escuta do Evangelho e pelo compromisso voluntário e gratuito em prol dos pobres e da paz.
Moçambique viveu um clima de instabilidade devido às manifestações gerais convocadas pelo ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane, que reivindicava a vitória das eleições presidenciais de 9 de Outubro, das quais, segundo os resultados apresentados pelo Conselho Constitucional (CC), quem saiu vitorioso foi Daniel Chapo e a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder desde a Independência.
Os protestos começaram a 21 de Outubro em todo o País, causando a morte de mais de 50 pessoas, feridos graves e ligeiros, bem como a vandalização de infra-estruturas públicas e privadas e violência extrema por parte da polícia e dos cidadãos moçambicanos, obrigando ao encerramento e à paralisação dos serviços. Estes actos levaram também o Governo sul-africano a encerrar temporariamente a fronteira do Lebombo, que liga os dois países.a d v e r t i s e m e n t