
Chido Faz Mais de 70 Mortos e 600 Feridos no País • Diário Económico
a d v e r t i s e m e n ta d v e r t i s e m e n t
Pelo menos 70 pessoas morreram e outras 600 ficaram feridas nas províncias de Cabo Delgado, Nampula e Niassa, durante a passagem do ciclone tropical Chido, de acordo com dados actualizados na quarta-feira, 18 de Dezembro, pelas autoridades.
“Confirma-se a subida dos números que anunciámos ontem (terça-feira). Os trabalhos decorrem no terreno e estamos a falar de mais de 70 óbitos, quase 600 feridos e muitas casas destruídas”, disse Bonifácio António, técnico do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD), em declarações à comunicação social.
Os dados preliminares divulgados pelo técnico, citados pela Lusa, indicam que o Centro Nacional Operativo de Emergência (CNOE) registou pelo menos 50 mortos só no distrito de Mecufi, na província de Cabo Delgado, no Norte do País.
“Muitas unidades sanitárias e infra-estruturas de serviços públicos foram destruídas, incluindo algumas escolas. O número de mortos pode vir a subir nas próximas horas porque, à medida que as equipas fazem buscas, vão surgindo novos registos”, apontou Bonifácio António.
Segundo o relatório preliminar das autoridades, com dados de até às 18h00 de terça-feira (17), foram afectadas 35 689 famílias, correspondendo a 181 554 pessoas.
A passagem do ciclone Chido causou ainda a destruição total ou parcial de 36 207 casas, afectando também 48 unidades hospitalares, 13 casas de culto, 186 postes de energia, 9 sistemas de água e 171 embarcações. O INGD indica ainda que 149 escolas, 15 429 alunos e 224 professores foram afectados pelo mau tempo.
De acordo com um relatório INGD, o ciclone tropical, que se formou no dia 5 de Dezembro no sudoeste do oceano Indício, entrou pelo distrito de Mecúfi, na província de Cabo Delgado, no Norte do País, “com ventos que rondaram os 260 quilómetros por hora” e chuvas fortes.
O ciclone tropical intenso Chido, de escala 3 (1 a 5), atingiu a zona costeira do Norte de Moçambique na noite de sábado para domingo (14 para 15), segundo o Centro Nacional Operativo de Emergência (CNOE), mas enfraqueceu para tempestade tropical severa, apesar de ter continuado a fustigar as províncias a norte, com “chuvas muito fortes acima de 250 milímetros em 24 horas, acompanhada de trovoadas e ventos com rajadas muito fortes.”